Vereadores adiam decisão sobre ar-condicionado no transporte
Política 12/04/2018 14h49 - Atualizado em 12/04/2018 14h55

O veto do Poder Executivo ao Projeto de Lei nº 56/2015, que garante a instalação de equipamentos de ar-condicionado na frota de ônibus de Aracaju, é o primeiro na pauta da 23ª Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de Aracaju, marcada para a próxima terça-feira (17).

De acordo com o PL de autoria do vereador Lucas Aribé (PSB), as empresas de transporte coletivo da capital terão prazo máximo de cinco anos para adequar toda a frota. Em caso de descumprimento, a multa será de até 50 vezes o valor do salário mínimo, recolhimento do veículo e proibição de participar de processos licitatórios.

No texto do veto, o prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) argumenta que o PL impõe ônus não previsto quando da contratação do serviço, afeta o equilíbrio econômico-financeiro estabelecido no contrato de concessão e pode elevar o preço da tarifa do transporte coletivo de passageiros. O projeto chegou a ser discutido na sessão desta quinta-feira (12), mas a oposição decidiu retirar o quórum, temendo que o veto fosse mantido. 

“Com havia muitas ausências, tínhamos apenas 15 parlamentares no plenário e precisávamos de 13 votos contrários ao veto, nos utilizamos de um recurso previsto no regimento da Câmara para garantir que a população tenha direito ao mínimo de dignidade no transporte público”, afirma Lucas Aribé. Para ele, a instalação de condicionadores de ar em todo o transporte coletivo é viável e necessária. “Isso já funciona em cidades como Porto Alegre, que é maior e mais fria do que Aracaju, então é possível que os cidadãos aracajuanos também tenham o mínimo de conforto, basta que haja vontade política”, diz o vereador.

“Confio nos meus colegas de parlamento e sei que os caciques do transporte público de Aracaju não pautarão as decisões de quem foi eleito pelo povo para defendê-lo. É importante lembrar que este projeto de lei foi aprovado pela mesma Câmara que agora, após o veto do prefeito, não tem porque mudar de opinião”, ressalta Lucas Aribé.

Segundo o vereador, a população, sobretudo a mais carente, se vê obrigada a utilizar um serviço humilhante, vergonhoso, e paga a segunda tarifa mais cara do Nordeste. “Isso é o resultado da falta de um processo licitatório decente, eterna promessa do Poder Executivo. Aracaju despencou no ranking de mobilidade, mas, pelo visto, a qualidade do transporte não consta como deveria nas planilhas de custos das empresas”, critica Lucas.

Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp), Alberto Almeida, é preciso considerar que colocar ar-condicionado nos ônibus tornaria mais cara a tarifa para o cidadão.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

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