Por Will Rodrigues

Antes mesmo do anúncio do reajuste dos servidores públicos municipais de Aracaju ser feito pelo prefeito João Alves Filho (DEM) – o que deve ocorrer às 17 horas desta quinta-feira (15) – o assunto já deu o que falar durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Aracaju (CMA). Os Vereadores de oposição e da bancada governista se debruçaram sobre o fato de que ainda não se sabe o percentual do aumento que será concedido, além da reclamação de que não houve diálogo com as categorias sobre os cálculos que originaram o valor que será repassado.

O vereador Emmanuel Nascimento (PT) apelou para que o percentual concedido seja superior ou igual a inflação do período, fixada em 5,36%. “Quando se tem o aumento menor que a inflação, o trabalhador, para tentar viver com isso, tira mais alimentos da sua mesa, porque o salário não acompanha a inflação, mas os alimentos sim. Então, o trabalhador vai ter que diminuir o arroz, diminuir o feijão, porque vai comprometer no pagamento da água, da luz e da feira. Ocupo essa tribuna para fazer esse apelo ao governo municipal e a todos os poderes de Aracaju no sentido que dê aumento do mínimo da inflação  e que reponha as perdas do ano passado”, disse, lembrando que o aumento concedido no ano passado foi menor que a inflação.

Em sua fala, Agamenon Sobral (PP) também manifestou apoio a um reajuste de acordo com a inflação e lembrou do percentual concedido ao magistério. “Se deu 8,32% aos professores, então eu peço que o prefeito se lembre dos demais servidores e conceda, pelo menos, a inflação do período”, afirmou.

O discursos dos parlamentares foi reforçado pelos vereadores Lucas Aribé (PSB) e Iran Barbosa (PT) que reclamaram a falta de diálogo da Prefeitura com as categorias. Fato que foi confirmado pelo presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias (Sacemas), Roberto Messias da Silva, a reportagem do F5 News, ao declarar o prefeito “Não negociou com ninguém e todos foram pegos de surpresa”.

Na defesa da administração municipal, o vereador Nitinho Vilate (DEM), alegou que alguns problemas de gestões anteriores dificultaram o trabalho do prefeito João Alves, mas que o governo continua valorizando cada servidor. “Nós pegamos um administração de 12 anos, cheia de cargos comissionados que têm serviços relevantes prestados e por isso não foram perseguidos. Nós tivemos que pagar quase $6 milhões de dívidas atrasadas. João salvou o funcionalismo público e tenho certeza que ele vai dar o que o servidor merece”, assegurou.