14 alunos são suspeitos de burlar sistema de cotas da UFS
Investigação foi iniciada no ano passado, depois de denúncia em rede social Cotidiano | Por Aline Aragão 27/01/2021 11h45Dos 19 estudantes investigados por suspeita de fraude no sistema de cotas da Universidade Federal de Sergipe (UFS), apenas um foi considerado apto. O resultado da comissão de heteroidentificação, criada para investigar denúncias de possíveis irregularidades na autodeclaração de pretos ou pardos, foi divulgado nessa terça-feira (26), quase oito meses depois da denúncia.
Ainda de acordo com o relatório da comissão, 14 estudantes foram considerados inaptos, três não compareceram e um desistiu da vaga. Entre os estudantes, oito são do curso de Medicina e dois de Odontologia, no Campus de Lagarto; dois são estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Campus Laranjeiras; os demais são do Campus São Cristóvão, sendo dois de Ciências da Computação; um de História; um de Medicina Veterinária; um de Engenharia da Computação; um de Letras Língua Portuguesa e um de Engenharia de Alimentos.
A candidata considerada apta pela comissão é aluna do curso de Arquitetura e Urbanismo.
De acordo com a UFS, o resultado da aferição não terá o poder de cancelar administrativamente qualquer matrícula dos alunos relacionados. "Apenas de analisar as denúncias de possíveis fraudes e emitir um relatório técnico conclusivo, o qual será encaminhado, caso confirmada a presença de indícios de fraude, ao Ministério Público Federal (PRDC/SE) para adoção das providências cabíveis", diz.
Relembre
A denúncia de que alunos teriam ingressado na UFS supostamente burlando o sistema de cotas raciais repercutiu em todo estado no dia 4 de junho de 2020, depois que um perfil criado no Twitter expôs fotos e prints de documentos com dados de universitários que se autodeclararam negros, pardos ou indígenas. Os posts também traziam imagens que contestavam o padrão de renda que teria sido declarado por alguns desses alunos.
Em agosto do mesmo ano o Ministério Público Federal em Sergipe expediu recomendação à Universidade Federal para que apurasse todas as denúncias recebidas acerca de fraudes quanto ao preenchimento dos requisitos para ingresso de alunos em vagas reservadas à população de pretos, pardos e indígenas (PPI).





