51% dos mortos no trânsito em 2011 em Aracaju estavam em motonetas
Número delas circulando em Aracaju cresce assustadoramente, diz SMTT
Cotidiano 13/02/2012 16h17

Por Adriana Meneses

Falta de legislação e fiscalização. Esses são alguns dos principais fatores que contribuem para aumentar a cada dia o número de veículos de duas rodas, os chamados ciclomotores, no trânsito de Aracaju, e com isso conseqüentemente o crescimento nos óbitos relacionados a acidentes motociclísticos, onde no ano de 2011, de acordo com a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), em 51% dos acidentes com mortes, as vítimas estavam em veículos de duas rodas.

Para o diretor de Trânsito da SMTT, major Paulo César Paiva (foto), a proliferação das motonetas se deve à falta de uma legislação que puna os condutores desses veículos.  “Não existe hoje uma lei para punir condutores que utilizam motonetas de forma incorreta. Muitos deles não são habilitados e não possuem noção alguma das regras de tráfego, daí o grande índice de acidentes fatais”, disse.

 

Ainda de acordo com o major Paiva, o mais complicado é a falta de uma placa de identificação nas motonetas, o que torna mais difícil a ação de agentes de trânsito no momento em que acontece uma imprudência no trânsito por parte dos condutores. “Como vamos autuar um cidadão que comete uma infração no trânsito? Muitos fazem ultrapassagens erradas, dão as famosas ‘roubadinhas’ não respeitam de um modo geral o trânsito, e nós vamos fazer o quê? Esses veículos vivem no escuro, não existe sequer um dado exato sobre o número dessas motonetas nos órgãos de trânsito”, destacou.

Comércio crescente

Encontradas até em redes de supermercados, as motonetas tem sido bastante procurada pelos aracajuanos. De acordo com o proprietário de uma loja especializada na venda dos ciclomotores, Itamar Duarte, no ano de 2011 o estabelecimento vendeu 700 unidades desses veículos, em janeiro e fevereiro de 2012 as vendas chegaram respectivamente a 30 e 40 unidades ao mês.

O custo entre aproximadamente de R$ 2,5 e 3 mil, a facilidade de parcelamento em até 24 vezes e a não exigência de habilitação ou idade mínima para conduzir o veículo são os maiores atrativos para a aquisição das motonetas, segundo Itamar Duarte. “As pessoas que procuram os ciclomotores são aquelas que não têm dinheiro para tirar uma carteira de habilitação, para emplacar um veículo e que não podem pagar grandes prestações”.

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