Ação de pescadores causa mortandade de tartarugas, diz Tamar
70 animais morreram em uma semana em Sergipe; Ibama nega irregularidades Cotidiano | Por F5 News 23/01/2019 10h24 - Atualizado em 23/01/2019 11h05A mortandade de tartarugas marinhas tem preocupado órgãos responsáveis pela proteção desses animais. O Projeto Tamar e a Fundação Mamíferos Aquáticos relatam o aparecimento de tartarugas mortas em apenas uma semana por consequência da pesca de arrasto em mares de Sergipe. No último domingo (20), moradores da região do município de Santo Amaro encontraram uma tartaruga encalhada na praia do Jatobá.
Biólogos e ambientalistas das instituições que lutam pela preservação dos animais marinhos acreditam que a pesca do camarão é a responsável pela morte de pelo menos 70 tartarugas. A pesca é realizada desde o último dia 15, após o fim do defeso do camarão.
Segundo as instituições, os pescadores têm descumprido as regras de distância para a pesca - conforme a legislação as embarcações devem ficar a cerca de 4 km da costa.
De acordo com um estudo feito pela Fundação Mamíferos Aquáticos, com o retorno da atividade de pesca do camarão, a ocorrência de tartarugas encalhadas na praia duplicou. O fato foi registrado do dia 16 até o dia 21 deste mês. No período anterior, houve registro total de 48 animais.
“Nas análises das ocorrências a gente observa evidências de marca de rede, estrangulamento das nadadeiras e de algumas partes do corpo, presença de água em órgãos internos, como encharcamento do pulmão, o que evidencia ainda mais a gravidade da situação do animal ter morrido afogado”, afirmou o coordenador técnico, Bruno Almeida, em entrevista à TV Sergipe.
O diretor de Sustentabilidade do Projeto Tamar, Cesar Coelho, relata que a população de tartarugas aumentou por conta do trabalho de conservação da espécie, o que também leva ao aumento de acidentes com embarcações, porém ele diz ainda que pescadores têm desrespeitado as regras para a atividade, potencializando mais ocorrências com os animais.
As embarcações estariam operando dentro da área de exclusão de pesca, que corresponde ao fechamento temporário ou permanente de áreas marinhas, protegidas para os animais do ecossistema.
O Projeto Tamar chegou a flagrar embarcações realizando pesca a poucos metros da praia, o que é proibido. “Os pescadores reconhecem que estão em áreas ilegais, mas fazem a pesca porque nesse período é onde se concentram os camarões. Para que isso não ocorra precisa de entendimento real dos pescadores e que os órgãos de fiscalização mantenha maior frequência nessas áreas para coibir esse tipo de ilicitude”, ressaltou Coelho.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão responsável pela fiscalização, contesta, no entanto, que os pescadores estejam desrespeitando as regras para a pesca de arrasto. “Os pescadores estão respeitando as regras para a prática, que é regular. É normal que algumas tartarugas se prendam nas redes de pesca e morram afogadas porque aumentou a população de tartarugas. No entender do Ibama não procede essa preocupação”, argumentou o superintendente substituto, Paulo Amilcar.
As informações são da TV Sergipe


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