Equipe técnica da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) realiza uma fiscalização intensiva na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen), no município de Laranjeiras (SE). O acesso à fábrica foi autorizado por ordem da Justiça, que determinou a vistoria no local.

Devido ao possível fechamento da unidade anunciado pela Petrobras, a fiscalização acontece desde a manhã desta quarta-feira (18) com o objetivo de apurar se as condicionantes ambientais impostas pela legislação têm sido cumpridas, atendendo a determinação judicial.

Segundo a assessoria da Adema, a vistoria segue sendo realizada em campo, nos maquinários da empresa. “A Fafen apresentou documentações, mas a equipe técnica não se convenceu com o que leu e quer ver como está o funcionamento desses materiais”, informou a assessoria.

A fiscalização deve também verificar as questões ambientais com o encerramento das atividades. As equipes verificam se os níveis de poluentes emitidos pela fábrica estão dentro de permitido. “Caso a unidade não esteja dentro do que é adequado, vamos chamar à responsabilidade para que se ajuste às normas”, afirmou o diretor presidente da Adema, Gilvan Dias.

Durante a fiscalização, a unidade foi notificada a apresentar um plano de hibernação. A fábrica tem um prazo até a primeira quinzena de agosto para apresentar o relatório para que os técnicos da Adema analisem de forma detalhada cada procedimento. O estudo deve viabilizar a liberação ou não da licença de hibernação.

Antes da vistoria, foi realizada uma reunião administrativa, às portas fechadas, com a Adema e representantes da Fafen. Segundo eles, a  fábrica já está com as atividades paralisadas e a previsão é que seja fechada no mês de outubro.

Uma nova reunião, provocada pela Petrobras, foi marcada para o próximo dia 24 na Adema, para apresentar o resultado da vistoria. Toda documentação deve ser enviada à Adema ainda esta semana.

Em maio, a equipe da Adema havia sido impedida de ter acesso a Fafen. A justificativa dada pelos representantes da fábrica foi em decorrência de falta de comunicação interna.

Foto: Adema