O ex-vereador Adriano Oliveira, conhecido como Adriano Taxista, vai passar por uma audiência de custódia neste domingo (28). Ele foi preso ontem, sob suspeita de incitar os atos contra o sistema de transporte da Grande Aracaju, provocando a paralisação do serviço.

Adriano foi preso em flagrante em uma mobilização dos rodoviários na região dos mercados de Aracaju, no local os policiais militares também apreenderam um carro de som que estava sendo utilizado no ato.

Durante a tarde do sábado (27), foi grande a movimentação em frente à 3ª Delegacia Metropolitana de Aracaju, a Plantonista Norte. Familiares e amigos chegavam a todo momento. Alguns taxistas e rodoviários também compareceram para se solidarizar.

 

Em um vídeo gravado de dentro da delegacia, Adriano diz que os rodoviários não têm representantes e que irá continuar apoiando a categoria.

De acordo com a Polícia Civil, o ex-parlamentar será indiciado pelos crimes previstos nos artigos 265 - que dispõe sobre o atentado contra a segurança ou funcionamento de serviços de utilidade pública -, 268 - que refere-se à infração de determinação do poder público destinada a impedir a introdução e a propagação de doença contagiosa e 330 - sobre a prática de desobediência de ordem legal de servidor público. 

“Os atos, induzidos por 'Adriano Taxista', descumpriram decisões judiciais que determinam a prestação do serviço à população”, informou a SSP/SE

Segundo o advogado de defesa, Gustavo Vasconcelos, a prisão é arbitrária, e não há motivos para que o cliente continue preso. 

 

Fim da greve

Sob escolta policial, os ônibus do sistema de transporte coletivo da grande Aracaju voltaram a circular na tarde do sábado, mas quase não se via passageiros, nem nos ônibus, nem nos terminais. 

Segundo o major da PM Augusto César, a escolta continua neste domingo, com objetivo de garantir a ordem a manutenção do serviço essencial à população.

Mesmo com o reforço no policiamento, o clima de insegurança continuou para alguns rodoviários que voltaram ao trabalho. O F5 News registrou o momento em que um motorista parou o ônibus em frente à delegacia. O trabalhador, que preferiu não ser identificado, disse que foi ameaçado por um grupo de manifestantes na região do terminal do mercado, com medo, ele decidiu registrar a ocorrência e parar o veículo.