Alunos e professores de colégio estadual em Aracaju reivindicam segurança
Segundo manifestantes, frequentemente acontecem arrastões dentro da unidade Cotidiano | Por Saullo Hipolito* 25/09/2018 11h15 - Atualizado em 25/09/2018 12h45Os alunos do Colégio Estadual Professor Paulo Freire, no Bairro Industrial, região Norte de Aracaju (SE), se organizaram na manhã desta terça-feira (25) e suspenderam as aulas na unidade de ensino. Eles reclamam da falta de segurança, cobram melhorias físicas no local e materiais didáticos que estão em falta.
Um dos organizadores do ato, o aluno do 9º ano Elenaldo dos Santos, afirma que os assaltos são comuns e que, para uma instituição que oferece Ensino Integral, a precariedade chama a atenção.
"Frequentemente temos roubo dentro e fora da escola e isso nos assusta muito. Além disso, temos uma merenda para os alunos do Ensino Integral que é uma vergonha, biscoito com ovo na maior parte das vezes; nas outras, mingau", disse.
Em comum acordo com o aluno, a professora de História Carla Cristina Alves (foto) afirma que a falta de material didático é outro aspecto que motivou o protesto. "Faltam livros de algumas disciplinas, os que eles têm foram recebidos nas vésperas das provas da primeira unidade. Falta equipe de apoio para ajudar nesse aspecto”, afirmou.
O número de assaltos registrados no local é alto, de acordo com a professora. Segundo o aluno Elenaldo, em um só dia já foram registrados quatro assaltos. "Eles nos assaltam dentro da escola, fora, e ainda no ônibus escolar”, concluiu.
“Já teve caso de arrastão na escola. Gente que não é da escola põe a farda e entra, estamos expostos, é triste", afirmou a professora Carla Cristina.A escola funciona em três turnos e oferece ensino integral e regular, mas com uma escassez de recursos. O laboratório de informática e a sala de artes não funcionam, assim como a quadra poliesportiva, interditada há um ano e com fiações expostas.
De acordo com os estudantes, caso nada seja feito em três semanas, a escola será fechada integralmente. “Temos o apoio dos professores com relação a essa manifestação, mas a ideia partiu de nós, os alunos. Se não houver diálogo fecharemos o local”, disse Elenaldo.
A equipe do F5 News procurou a Secretaria de Estado da Educação (Seed) que, por meio de nota, se manifestou, confira na íntegra:
A Secretaria Estadual de Educação entende ser legítima toda manifestação com o intuito de qualificar os serviços das escolas. No Colégio Estadual Professor Paulo Freire há vigilância terceirizada 24h, com quadro completo de profissionais, todos os dias. Por conta do incidente de algumas pessoas da comunidade pular o muro na área do fundo, a pedido dos alunos o Setor de Engenharia irá aumentar a circunferência do muro. O Serviço de Segurança Patrimonial da Seed também esteve na “Paulo Freire” e se constatou que a questão é de segurança pública, acionando, neste caso, a Polícia Militar.
A direção da escola também tem tomado medidas de proteção, com o objetivo de dificultar o acesso de pessoas indesejadas à área externa.
Quanto à questão da reivindicação da melhoria do Laboratório de Informática, dois computadores funcionam à contento, o ar-condicionado do local está em perfeita condição, mas que a equipe da Coordenadoria de Informática da Seed irá até o local ainda nesta quarta-feira para promover a manutenção das máquinas.
* Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.


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