O prefeito de Itabi, Júnior de Amintas (DEM), pode responder judicialmente por ato de improbidade administrativa em razão de ter sido a primeira pessoa a tomar a vacina contra a covid-19, mesmo sem fazer parte do grupo prioritário. O gestor, de 46 anos, está sendo investigado pelo Núcleo de Combate à Corrupção da procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal em Sergipe (MPF). 

O MPF informou nesta quinta-feira (21) que o chefe do Executivo municipal não atendeu ao pedido de esclarecimentos feito no mesmo dia em que ele foi imunizado. “O município de Itabi recebeu apenas 31 doses da vacina contra covid-19 nesta 1ª fase da campanha de vacinação, tratando-se de um recurso escasso que não é suficiente para cobrir o total de trabalhadores da saúde da localidade”, destacou a Procuradoria.

O Ministério Público salientou ainda que o Informe Técnico de Vacinação Contra Covid-19 do Ministério da Saúde, que orientou a Secretaria de Estado da Saúde na realização da distribuição do quantitativo de doses a cada município sergipano, prevê que a vacinação deve se iniciar com grupos prioritários específicos: indígenas aldeados e trabalhadores da saúde, pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas e pessoas com deficiência institucionalizadas.

Para o prefeito, a sua atitude foi fruto de uma boa intenção. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o Júnior de Amintas reafirmou que decidiu se vacinar com o ‘propósito nobre em defesa da saúde e da vida’, além de estimular a aceitação do imunizante por parte da população.