Após manchas oleosas, barris são encontrados em praias da Grande Aracaju
Novas manchas também surgiram na praia de Pirambu, na tarde desta quinta
Cotidiano | Por Fernanda Araujo 26/09/2019 16h20 - Atualizado em 26/09/2019 21h37

Após a aparição das manchas oleosas em praias da costa norte de Sergipe, desta vez, um derramamento de substância semelhante foi registrado às margens da praia do município da Barra dos Coqueiros, nesta quinta-feira (26). No local, equipes de órgãos ambientais encontraram barris que despejaram o produto na faixa de areia.

Segundo a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), os primeiros levantamentos dão conta de que o tonel teria sido aberto por alguma pessoa ainda desconhecida. Barris também foram localizados na faixa de areia da Praia Formosa, em Aracaju, mas não houve derramamento. Todos os materiais foram recolhidos.

A limpeza da praia na Barra dos Coqueiros, de acordo com a Adema, foi concluída e uma amostra do material recolhido para análise no Rio de Janeiro. "Foi feito o procedimento ambiental que se chama raspagem, que é quando tira o possível produto contaminante. A amostra foi enviada para análise em laboratório. Acreditamos que tenhamos resultado em no máximo em 20 dias", informa o presidente do orgão, Gilvan Dias.

A análise deve apontar qual tipo de substância e sua origem. Ainda conforme a Adema, em um dos barris foram constatados dados de uma empresa multinacional petrolífera, no entanto, a autoria não foi confirmada e o caso está sob investigação. "Todo o óleo e petróleo têm suas especificidades, se mais grosso ou mais fino; com o estudo dá para saber se é da costa brasileira ou não, podemos identificar se um derramamento foi de plataforma ou de navio petroleiro, por exemplo", explica Dias.

Manchas de óleo

No início desta semana, manchas de substância oleosa foram localizadas às margens das praias dos municípios sergipanos de Pacatuba e de Pirambu, a cerca de 30 km após a Reserva Biológica de Santa Isabel. A limpeza das praias foi concluída, segundo a Adema, e até quarta-feira não havia sido notada nova presença da substância na região.

No entanto, na tarde de hoje em Pirambu, a substância voltou a surgir na mesma área entre os km 2 e 3 do município. De acordo com Gilvan Dias, equipes devem se deslocar para o local na sexta-feira (27) logo cedo para fazer o mesmo procedimento de limpeza e coleta do material. "Temo que com a maré maior, que teremos no fim de semana, fique ainda mais ampla a distribuição das manchas", lamenta Dias.

O surgimento foi detectado inicialmente no litoral do Maranhão. Em seguida foram encontradas manchas similares na costa do Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e por fim no litoral norte sergipano, onde órgãos ambientais também analisam qual é o tipo de substância.

Conforme a análise feita pela Marinha e pela Petrobras, de acordo com o Ibama, a substância encontrada nos litorais trata-se de petróleo cru, ou seja, não se origina de nenhum derivado de óleo. A investigação aponta que o petróleo que está poluindo todas as praias seja o mesmo. Contudo, a sua origem ainda não foi identificada. Ainda de acordo com o Instituto, em análise feita pela Petrobras, a empresa informou que o óleo encontrado não é produzido pelo Brasil.

O problema, considerado crime ambiental, já afeta a fauna desde o início deste mês. Até o momento, seis tartarugas marinhas e uma ave morreram por presença de óleo, nos estados do Ceará, Pernambuco, Maranhão e no Rio Grande do Norte. Outras três tartarugas ainda foram encontradas com vida no Rio Grande do Norte e no Maranhão. Até o momento, não há evidências de contaminação de peixes e crustáceos. Veja a lista da fauna atingida até o momento.

O Instituto orienta que, caso alguém encontre animal com óleo, sejam acionados imediatamente os órgãos ambientais para adotar as providências necessárias. O animal não deve ser lavado nem devolvido ao mar antes da avaliação de veterinário. 

No dia 1 de outubro, em Recife, uma reunião com órgãos ambientais estaduais das regiões atingidas foi convocada pela Associação Brasileira das Entidades Estaduais do Meio Ambiente (Abema) para esclarecimentos sobre o derramamento de óleo na costa nordestina e os avanços das medidas.

*Atualizado para acréscimo de informações

 

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