Católicos participam nesta quinta-feira (20) da festa de Corpus Christi, com programação nas igrejas de Aracaju e interior sergipano, incluindo missas solenes, procissões do Santíssimo Sacramento e a produção de elaborados tapetes, que cobrem as principais ruas das cidades.

Em Aracaju, a Arquidiocese calcula a participação de cerca de 10 mil pessoas na celebração, que neste ano acontece na Arena Batistão. Ainda segundo a Arquidiocese, o local foi escolhido justamente para viabilizar um evento com dimensões bem maiores em relação aos anos anteriores, quando aconteceu no Ginásio Constâncio Vieira.

A programação começa às 15h com a oração do Terço da Misericórdia, momento que será conduzido pelo missionário e cantor Ricardo Sá. A santa missa, presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom João José Costa, ocorrerá às 17h, seguida da procissão eucarística no interior do estádio. O convite é dirigido pelo arcebispo a todas as comunidades paroquiais da Arquidiocese de Aracaju.

Em São Cristóvão, o tradicional tapete de Corpus Christi será confeccionado no centro histórico. A ação está marcada para acontecer por volta das 5h e tem apoio da Fundação de Cultura e Turismo João Bebe-Água (Fundact). De acordo com os organizadores, a população é parte essencial nessa confecção.

A missa está marcada para às 15h, em seguida a procissão acontece, seguindo o trajeto de quase dois quilômetros marcados por cinco grandes tapetes, confeccionados nas principais igrejas do local, além de 11 mandalas que estarão nas esquinas do município.

Significado

Um dos sete sacramentos, a eucaristia foi instituída na Última Ceia, quando Jesus disse: “Este é o meu corpo…isto é o meu sangue… fazei isto em memória de mim”. Porque a eucaristia foi celebrada pela primeira vez na quinta-feira santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo de Pentecostes.

A festa foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula Transiturus de 11 de agosto de 1264 – ele foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège, Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana Juliana de Mont Cornillon, as quais exigiam uma festa da eucaristia no ano litúrgico.

Em 1317, o Papa João XXII publicou o Corpus Júris com o dever de levar a eucaristia em procissão pelas vias públicas; mais tarde, o Concílio de Trento (1545-1563) fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a procissão eucarística pelas ruas da cidade, como ação de graças e manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia.

Em 1983, o novo Código de Direito Canônico manteve a obrigação de se manifestar “o testemunho público de veneração para com a santíssima eucaristia”.

*Com informações da Arquidiocese de Aracaju.

** Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.