Assembleia delibera que PM em folga trabalha se quiser
SSP, porém, garante policiais nos quatro dias de Pré-Caju Cotidiano 18/01/2012 11h33Por Sílvio Oliveira
Policiais que estão de folga no período do Pré-Caju 2012 não serão obrigados a trabalhar. Essa foi a deliberação da categoria, que realizou uma assembleia, na manhã desta quarta-feira (18), no Clube dos Oficiais, em Aracaju. A decisão foi tomada devido à convocação feita pela Secretaria de Segurança Pública aos policias militares para trabalharem na prévia carnavalesca.
De acordo com o presidente da Associação dos Militares do Estado de Sergipe, major Adriano Reis, os militares não vão trabalhar no dia de folga, mas que cada militar é consciente para decidir pelo desanco, pela diversão, pelo estar com a família ou receber uma gratificação em torno de R$ 70,00. “Cada militar é consciente: se merece essa falta de respeito do ente estatal. Quem quiser vender sua folga por essa gratificação irrisória fique à vontade. O que a gente não entende é obrigar e impor a pessoa que não queira trabalhar”, enfatizou.
O major ainda destacou que os oficiais em serviço trabalharão normalmente na prévia, pois é papel da categoria.
Capitão Samuel disse que todo o trabalhador tem o direito de trabalhar ou não horas extras e que a constituição diz que, no máximo, o profissional trabalhará 48h. Ele questionou porque os policias trabalham 70 a 90horas semanais.
Ele destacou que o Pré-Caju irá acontecerá tranquilamente, até porque, segundo Samuel, que também é deputado estadual, serão gerados 500 empregos com segurança privada. “Estou numa felicidade por causa disso. Mais de 500 empregos para a sociedade. São 500 homens para ficar nos portões e nos elevados, reduzindo o número dos policias. Então com os policiais escalados, os policiais voluntários e de plantão, os policiais civis, a guarda municipal garantirá tranquilamente a segurança da festa”, alfinetou.
Para ele o que falta e resolver definitivamente é a situação da carga-horária dos policiais e para resolver o problema, fará um bloco de deputados da base do governo com o intuito de dialogar com o governador.
Carga horária
Os oficiais entendem que pelo regulamento geral que normatiza a conduta da categoria, para cada 24horas trabalhada há uma folga de 48h, se possível. Porém, esse “se possível” é que está sendo discutido, haja vista que fica a questão muito geral e não é explicado. “Se possível se o Estado quiser. Se possível se o policial aguentar e suportar a carga de trabalho. É isso que a gente quer que o Estado entenda. Não pode o militar trabalhar de forma sobre-humana. É humanamente impossível percorrer um percurso de 8km pretendendo, abordando, nas condições estressantes e depois trabalhar 40, 70 ou 80h numa semana só. A carga horária precisa ser definida”, destacou major Adriano Reis.
Quanto à questão de que os policias são profissionais que têm dedicação exclusiva ao trabalho estadual, Adriano Reis respondeu que o Governo de Sergipe tem que entender que como qualquer outro trabalhador, os policias também tem que ter uma carga-horária definida e que entende a questão da dedicação exclusiva prevista no regulamente, porém, ele questiona a falta de descanso dos policias. “Você entende dedicação exclusiva sem descanso? Não podemos trabalhar 24h todos os dias e nas folgas”, questionou.
Após a asembleia, os policias se deslocaram até o Ministério Público a fim de que o órgão interceda no caso. Participaram da reunião os deputados André Moura e Capitão Samuel, além de grande número de policiais militares, do Corpo de Bombeiros e membro de associações militares.
Segurança pública garantida
O comando da Polícia Militar de Sergipe também fez uma coletiva nesta quarta-feira e garantiu a segurança dos foliões nos quatro dias do Pré-Caju 2012. A confirmação foi dada durante a apresentação do Plano de Operações da corporação para o evento. Será aplicada uma média diária de 1.000 militares, através de uma distribuição em cinco postos de comando, e ainda na área periférica do circuito da festa.
“A Polícia Militar estará presente. O nosso compromisso é manter a ordem e a segurança da festa... somos servidores da população”, afirmou o comandante da PM, coronel Aelson Resende.
A Polícia Militar distribuirá no circuito cinco salas de monitoramento do policiamento e dos foliões, 19 portões de acesso, seis cabines de desarmamento, 32 postos elevados para observação e 31 patrulhas policiais. Serão 55 viaturas, usadas no patrulhamento periférico e no acompanhamento da chamada “Pipoca”, com equipes motorizadas e especializadas da Radiopatrulha, Batalhão de Choque, Centro de Operações Especiais (COE), e do Grupamento Especial de Rondas e Blitz (GERB). Além disso, dez conjuntos do Esquadrão de Polícia Montada (EPMon) estarão trabalhando na área externa do evento.
“Temos uma preocupação evidente de fortalecer o policiamento periférico, privilegiando a locomoção dos foliões para suas residências. É um trabalho estratégico para evitar os assaltos e os furtos”, explicou o coronel Enilson Aragão, comandante do Policiamento Militar da Capital, lembrando que o Grupamento Tático de Motos (Getam) estará atuando no policiamento. A Guarda Municipal reforçará a segurança nos portões de acesso.
Enilson explicou que quatro equipes do Comando de Operações Especiais (COE) vão realizar a “varredura” no circuito, logo após a passagem dos blocos. Equipes do Pelotão Ambiental farão um trabalho de prevenção da perturbação do sossego alheio, inclusive com uma lancha atuando no rio Sergipe. O Batalhão de Polícia de Trânsito realizará remoções de veículos estacionados de forma irregular, através de uma revisão diária na área estabelecida para o evento.


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