A greve dos médicos de Aracaju completa 40 dias nesta quinta-feira (30) e ainda não há previsão de quando será encerrada. Não houve conciliação durante uma audiência realizada hoje no Tribunal de Justiça de Sergipe, entre a categoria e a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), que terminou sem uma resposta definitiva sobre o impasse.

Foto: Cedida pelo Sindimed

Na audiência, o desembargador Diógenes Barreto deu o prazo até a próxima segunda-feira (03) para que a PMA se reporte à Justiça respondendo se quer ou não negociar com os médicos. Até lá, a categoria decidiu manter a greve.

De acordo com o Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), pode haver uma suspensão temporária do movimento grevista, depois da resposta da Prefeitura e com um cronograma definido pela Administração Municipal de como será feita esta negociação. “Só assim, os médicos marcarão outra assembleia para ‘Suspender de forma temporária’ o movimento”.

Apesar da ausência do prefeito Edvaldo Nogueira e de não ter se chegado a um acordo na audiência, o presidente do Sindimed, João Augusto Oliveira, avalia como positivo o resultado, diante do posicionamento do desembargador em querer abrir a negociação oficialmente.

“Nesta audiência o Sindicato antecipou e colocou algumas propostas alternativas, mas o desembargador queria que saísse uma decisão oficial de abrir a negociação efetiva, portanto foi dado o prazo para a PMA responder sobre o pleito, se irá abrir ou não a negociação”, diz.

Ainda de acordo com o presidente, o Sindimed já mostrou que está com vontade de negociar, dando à gestão várias possibilidades de acordo através das propostas alternativas para implementar no ano que vem.

“Reduzimos e muito o percentual de reajuste proposto inicialmente – que era o piso da categoria médica, sair de R$ 4 mil (que é o salário hoje) para R$12 mil (piso) – que era um aumento significativo para apenas a inflação do ano, que é de 2,94%, entre outros, como a Tabela Única para os médicos, mostrando assim ao desembargador e a Prefeitura de Aracaju que estamos abertos a negociar”, afirmou.

João Augusto destacou ainda que, durante o período de greve, o atendimento nos serviços de urgência e emergência por orientação do Sindimed está funcionando 100% , muito além do que preconiza o Ministério Público Estadual (MPE), em relação ao efetivo mínimo, de 30%.

*Com informações do Sindimed