Bancos de leite de Sergipe precisam de mais doações e auxílio para transporte
De acordo com SES, quanto maior a quantidade de leite, melhor para os prematuros Cotidiano | Por Saullo Hipolito* 02/08/2018 08h46 - Atualizado em 02/08/2018 11h50Os bancos de leite de Sergipe estão ligados a algumas maternidades e caminham com bastante dificuldade, tanto no aspecto de matéria-prima - o leite em si -, quanto no aspecto financeiro. Esse cenário deixa os profissionais da saúde em alerta quanto à vida das crianças. Na Semana da Amamentação, o Estado realiza diversas ações.
Muitas vezes os bancos aracajuanos têm dificuldades de buscar o leite materno em outros municípios, como por exemplo em Itabaiana. Segundo a presidente da Sociedade Sergipana de Pediatria, a médica Glória Tereza Lopes, a demora pode fazer com que esse leite seja perdido.
“Muitas vezes a coleta é feita ao longo da semana e guardada em refrigeradores, à espera de transportes, o que muitas vezes não acontece, sendo perdido por conta do prazo do material. Cada mililitro desprezado na maternidade deixa de salvar uma vidinha prematura que está na maternidade esperando esse ouro para sobreviver”, disse Glória Tereza.
Em Itabaiana, existem mulheres que fazem doações há muitos anos e ajudam o banco de leite do município, inclusive com transferências para Aracaju. “Atualmente estamos com uma produção mensal de 380 a 410 litros de leite, que nos deixa suficientes e assim podemos ajudar algumas maternidades de Aracaju”, disse Sandra Rafaela de Oliveira, coordenadora do banco de leite Irmã Rafaela Pepel.
De acordo com Sandra, este é o banco com maior produção de leite do estado. A doação pode ser feita por qualquer mulher que esteja leitando e com excedente. A doação pode ser feita duas vezes por semana.
“A medida que o tempo vai passando as crianças vão crescendo e as mães vão deixando de doar, mas as UTINs sempre estão cheias, precisando de doações, com bebês prematuros e precisando do material”, disse a coordenadora de planejamento da Secretaria de Saúde de Itabaiana, Márcia Cunha.
Importância
O 1º de agosto faz referência ao Dia Mundial da Amamentação e o Governo do Estado vem desenvolvendo ações para alertar sobre a importância dessa prática. “Chamar a atenção para a doação de leite materno e mostrar a importância para a mãe, criança e sociedade é de fundamental importância, pois o leite é o primeiro alimento e como a campanha fala, a amamentação é a base da vida e deve ser passada em todos os locais, principalmente à atenção básica”, disse Márcia Cunha.
O leite materno é chamado pelas profissionais de "ouro", é uma fonte rica de alimento para a criança, pois previne doenças, desenvolve e fortalece, sendo a base da vida, pois esse fator diminui os índices de mortalidade infantil. O aleitamento melhora o coeficiente de inteligência, desenvolvendo a criança no período escolar.
“São inúmeros os benefícios, eu amamentei por três anos e três meses, pra nós foram só benefícios, eu não vi nada negativo no ato de amamentar. Esse evento é importante, pois fortalece a importância, até porque o índice de doação é muito baixo”, disse a nutricionista Elenice de Oliveira.
Mamaço
Na próxima sexta- feira (3), acontece no Parque da Sementeira o Mamaço. De acordo com a gerente do Banco de Leite Humano Marly Sarney, Magda Dória, a ação é realizada mundialmente e mobiliza um grande grupo de mães que passam a amamentar de forma simultânea seus filhos.
* Estagiário sob supervisão da jornalista Mônica Pinto.


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