Bombeiros de Sergipe enfrentam problemas na estrutura de trabalho
Comando reconhece dificuldades e diz que soluções estão sendo adotadas Cotidiano | Por Fernanda Araujo 08/05/2018 08h30 - Atualizado em 08/05/2018 09h16A falta de equipamentos e de viaturas tem dificultado o trabalho dos bombeiros militares para o combate a incêndio de grandes proporções, como o que ocorreu na noite deste sábado (5) em Aracaju. É o que denuncia a Associação dos Militares de Sergipe (Amese), no blog Espaço Militar.
O incêndio ocorreu em um galpão de reciclagem próximo a uma empresa de gás e um posto de gasolina, no bairro Olaria, na saída da capital, e se prolongou até a madrugada de domingo (6), afetando ainda um prédio vizinho. No período da manhã, outra guarnição foi acionada para finalizar o trabalho de rescaldo.
Além de ocorrerem várias explosões no local, segundo a denúncia, os bombeiros não puderam atuar de forma efetiva e imediata no sinistro porque estavam sem a viatura APA (Alta Plataforma Aérea), utilizada para incêndio de grandes proporções e “que está parada há mais de 3 meses por falta de manutenção”.
Os militares registraram ainda falta de máscaras mecânicas para evitar a inalação da fumaça – apenas quatro para um total de 15 bombeiros que trabalharam na ocorrência.
Problemas estruturais no Corpo de Bombeiros em Sergipe também se somam ao déficit de efetivo, já mostrado pelo F5 News, que compromete o serviço da corporação. Segundo a Amese, além da falta de manutenção de viaturas, o serviço é prejudicado com o número insuficiente de viaturas e de pessoal para atender a capital e o interior do estado.Os problemas chegaram a ser denunciados ao Ministério Público Estadual, que abriu procedimento administrativo com Ação Civil Pública contra o Estado para adoção de providências. No entanto, a liminar ainda não foi concedida pela Justiça.
Em nota, a assessoria da Corporação afirma que os bombeiros conseguiram debelar o fogo antes de atingir os prédios vizinhos, porém os militares tiveram dificuldades com “a grande quantidade e variedade de material armazenado no local”, como papel, plástico, latas de tinta e tonéis vazios, além de maquinário.
Segundo a assessoria, as viaturas precisaram ser reabastecidas por várias vezes, sendo utilizados aproximadamente 80 mil litros de água, além de cerca de 150 litros de líquido gerador de espuma (LGE).
Sobre a viatura em manutenção, o comando afirma que o veículo teve problema e foi encaminhado para uma concessionária em Aracaju, no entanto, devido à tecnologia da viatura, a empresa informou que não possui condições técnicas de solucionar o problema, “O CBMSE já adotou as medidas necessárias para que uma equipe especializada venha de Salvador, o mais breve possível”.
Quanto às máscaras de ar, segundo o CBMSE, devido à duração do sinistro praticamente toda a reserva dos equipamentos foi utilizada para as guarnições e a recarga dos cilindros não pode ser efetuada pelo equipamento de recarga ter apresentado defeito.
"De forma emergencial, o comando do CBMSE providenciou junto a uma empresa particular a recarga dos cilindros ainda no início desta segunda, 07. Já está sendo providenciada a equipe técnica especializada para fazer o devido reparo. Existem outros 20 cilindros reserva em condições de uso nos quartéis de Nossa Senhora do Socorro e da Orla de Atalaia, e, se necessário, estão à disposição das guarnições”, completa a nota.


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