Desde 7 de janeiro passado o Corpo de Bombeiros de Sergipe (CBM/SE) esteve em Brumadinho (MG) auxiliando nas buscas por vítimas da tragédia que resultou na morte de 179 pessoas, confirmadas até o momento. De acordo com as informações atuais das equipes mineiras, 131 pessoas seguem desaparecidas.

Foto: CBMSE/ Cedida ao F5 News

Considerando o trabalho como "de formiguinha", o comandante do Bresc. Equipe de Busca, resgate e salvamento, capitão Alysson Carvalho, responsável pela equipe no local, falou sobre a dificuldade nas operações, em meio a um panorama muito grande – foram cerca de 12,7 milhões de metros cúbicos de lama.

“A maior preocupação foi com a segurança nas operações, pois chove, tem descargas atmosféricas, tem a dificuldade na mobilidade. Sempre trabalhamos com os riscos aceitáveis, não adianta falar que não trabalhamos com eles, esse é o nosso trabalho. A gente soube gerenciar muito bem os riscos”, disse.

Foram destinados a Brumadinho ainda quatro cães, participação considerada fundamental pelo CBM. “A atuação dos cães é indicar o ponto onde há possíveis partes de corpos. Tem locais que são muito fundos e só depois do trabalho deles podemos fazer o trabalho de prospecção”, disse o capitão.

Durante o tempo que estiveram no local, as equipes sergipanas encontraram seis corpos e 34 segmentos (pedaços de corpos). Ainda de acordo com os militares, os quatro profissionais passarão por avaliam psicossocial e médica. Já os cães terão cuidados veterinários.

Os trabalhos estão concentrados na área de portaria, almoxarifado e o centro administrativo da unidade (ITM) onde existe a expectativa de encontrar vítimas. Doze drones estão monitorando a área.

O Corpo de Bombeiros não autorizou que os outros três profissionais falassem sobre a experiência no local.

* Estagiário sob responsabilidade da jornalista Fernanda Araujo.