Caem números de afogamentos em praias sergipanas
Números são do Corpo de Bombeiros e se referem a 2010 e 2011
Cotidiano 06/01/2012 12h10

Por Fernanda Araujo

O Corpo de Bombeiros do Estado de Sergipe acaba de revelar as estatísticas dos princípios de afogamento e mortes nas praias sergipanas, entre os anos 2010 e 2011. A boa notícia é que houve uma significativa redução. Os dados são referentes ao trabalho realizado pelos bombeiros tanto na capital quanto no interior do estado. Um total de 133 afogamentos em 2010 e 44 em 2011.

De acordo com o tenente Caldas, do 4º Batalhão Militar do Corpo de Bombeiros, a redução foi ocasionada pelas campanhas de prevenção. “Comparado a 2010 teve uma redução em relação ao ano passado por causa de nossas campanhas. Em 2010 houve na capital 98 casos de princípio de afogamento, já em 2011 apenas 33, uma redução de 2/3. Já casos de afogamentos fatais na capital, houve 12 em 2010 e um em 2011. No interior, 23 mortes em 2010, e, em 2011, apenas 10”, disse.

Diariamente, de segunda a sexta, os salva-vidas ou guarda-vidas, como são chamados, estão dispostos em duplas para dar segurança aos banhistas. Ao todo, são de 12 a 14, porém, são divididos entre seis e sete duplas na praia de Atalaia.

“A quantidade é irrisória ao tamanho da praia. Para se ter uma idéia, da Coroa do Meio ao Vaza Barris dão de 30 a 40 km praticamente. A quantidade às vezes não dá para guardar de forma ideal, por isso vemos as estatísticas dos locais mais propícios de afogamento e colocamos as duplas no local”, explicou Caldas.

O tenente alega que o maior perigo onde ocorrem os afogamentos é entre os meses de janeiro, outubro e no final de ano. Em detrimento do período de verão e primavera, onde as pessoas ficam mais próximas do litoral. Por conta disso, acabam por ingerir bebidas alcoólicas e insistem em ir para o fundo mesmo sem saber nadar.

 

Casos

No início desse ano, os bombeiros já atuaram pelo menos três vezes, no dia 1º com princípio de afogamento na Coroa do Meio e dois no povoado Saúde. Um jovem ao se banhar na praia próximo a correnteza de vazante foi levado em alto mar. Quando seria resgatado o garoto já estava distante da praia. Outro guarda-vidas teve que ir com um Jet-Ski resgatar o jovem e o companheiro de trabalho.

No interior, em menos de dois dias houve duas mortes no mesmo local no dia 1º e na última terça-feira, 3. No povoado Saúde, próximo a Santana de São Francisco, um rapaz que não sabia nadar foi encontrado morto. Segundo Caldas o problema é que naquele local não há guarda-vidas civil.

 

Cuidados

Caldas afirma ainda que os lugares mais propícios de perigo ficam entre a praia de Atalaia, em frente ao Hotel Parque dos Coqueiros, e a praia de Coroa do Meio. “Aareia da nossa praia é bastante fina e por causa das correntezas leva muita areia e cria bastante buraco. É por isso que o lugar mais profundo é a Coroa do Meio”.

Para ter as férias de verão mais segura, o Corpo de Bombeiros dá as dicas das melhores praias. “Aonde tiver o guarda-vidas os procure para que eles informem onde é o lugar melhor para o banho. Verifique as placas de sinalização de perigo. Tome banho até o limite dos quadris na altura do umbigo. Verifique se a água está mais escura e onde não há quebra de ondas, ou seja, o local que tem uma linha reta, próximo a margem não quebra onda, é indício que tem buraco ali. Se tiver crianças ou idosos que não sabem nadar se afastem”.

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