Depois do temporal que caiu sobre o Rio de Janeiro, as escolas de samba iniciaram o desfile na avenida da Sapucaí com um atraso de meia hora na noite de sexta-feira (1). A Inocentes de Belford Roxo, da Baixada Fluminense, ficou entre os três principais destaques das escolas da série A, que abrilhantou o tema do cangaço nordestino.

Foto: reprodução (TV Globo)

O Cangaço, Nordeste, Maria Bonita e Lampião fizeram parte do enredo da escola, com o tema “O frasco do bandoleiro”. Já sem chuva, a escola foi a penúltima a se apresentar com 19 alas e quatro alegorias, três delas produzidas com materiais recicláveis, desfile conduzido pelo carnavalesco Marcus Ferreira.

Os ritmistas estavam vestidos de bandoleiros, fiéis escudeiros do rei do Cangaço. Já a comissão de frente preferiu apostar na dança, mostrando os cangaceiros e os frascos onde eles guardavam suas ‘fortunas’. Ao todo, dois mil componentes fizeram parte do desfile, que encerrou dentro do tempo regular.

A escola também fez um paralelo com cenas de casos atuais de corrupção e as crendices de pessoas que guardavam fortunas enterradas em seus quintais no Nordeste do país. Foram utilizadas doações de latas, panelas e garrafas pet, e outros produtos que seriam descartados, para decorar as alegorias, além de tecidos, esculturas e outros materiais de três escolas de samba. O carro abre-alas "Alma de artista bandoleiro" teve 12 ml garrafas recicláveis. A Belford Roxo garante que todo material deve ser reciclado.

Unidos de Padre Miguel, Acadêmicos da Rocinha também foram destaque. A abertura do carnaval no Rio teve ainda Unidos da Ponte, Alegria da Zona Sul, Acadêmicos da Santa Cruz e Acadêmicos do Sossego. Três das sete escolas estouraram o tempo máximo de 55 minutos: Alegria da Zona Sul, Acadêmicos de Santa Cruz e Padre Miguel.

Na noite deste sábado (2), outras sete escolas encerram o carnaval da série A deste ano: Unidos de Bangu, Renascer de Jacarepaguá, Estácio de Sá, Unidos do Porto da Pedra, Império da Tijuca e Acadêmicos do Cubango.