Caso Ademir Melo: Justiça suspende processo e pede mais provas à SSP
Defesa comemora o resultado do julgamento na Câmara Criminal do TJ/SE Cotidiano | Por Aline Aragão 10/12/2019 16h39A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Sergipe julgou na manhã desta terça-feira (10) o pedido de Habeas Corpus impetrado pela defesa de Anderson Santos Souza, 30 anos, apontado como executor do assassinato do delegado de polícia Ademir Melo, em julho de 2016. O pedido de soltura foi negado, mesmo assim, a defesa comemora o resultado do julgamento.
Segundo o advogado Josefhe Barreto, os desembargadores acataram parcialmente o pleito e determinaram a suspensão do processo até que a Secretaria da Segurança Pública de Sergipe (SSP) apresente uma complementação de prova, que segundo a defesa é uma parte oculta de um vídeo usado como prova durante as investigações. A defesa alega que o vídeo foi editado e não comprova a autoria de Anderson, que nega o crime.
A defesa diz ainda que a prisão é ilegal, por ter excedido o prazo. "Não há prova contra Anderson e vamos brigar para que esse processo corra de forma legal, conforme manda a legislação", disse Josefhe.
O processo corre em segredo de justiça.
Entenda
O delegado Ademir Melo foi assassinado no dia 18 de julho de 2016, depois de uma suposta tentativa de assalto, enquanto passeava com seu cachorro na Alameda das Árvores, Bairro Luzia, Zona Sul de Aracaju.
Em agosto do mesmo ano, a Secretaria da Segurança Pública apresentou Anderson como o responsável pela morte do delegado. Entre as provas, a polícia mostrou a motocicleta XRE 300, cor preta, que o suspeito usou no dia do crime e a arma do assassinato - um revólver calibre 38, apreendido na residência do suspeito no bairro Soledade, na zona Norte de Aracaju. O revólver passou por um exame de micro comparação balística a fim de comprovar que o projétil que matou o delegado saiu dela.. Segundo a SSP, o laudo é conclusivo e não deixa dúvidas a respeito da autoria.





