A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE) instaurou uma sindicância para esclarecer a conduta do delegado plantonista que registrou o caso da transexual Laysa Fortuna, morta após receber uma facada em Aracaju, na semana passada. O nome do delegado não foi divulgado pela pasta. 

Amigos da vítima procuraram a Corregedoria da Polícia Civil e pediram a abertura do procedimento administrativo questionando as razões que levaram o delegado a tipificar inicialmente o crime como lesão corporal de natureza leve, o que permitiu a liberação do acusado após sua prisão em flagrante ainda na noite da agressão.

Segundo a pasta, a princípio o delegado que lavrou o Boletim de Ocorrência baseou-se nas informações obtidas junto ao Hospital Nestor Piva, para onde Laysa foi socorrida antes de sua transferência para o Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), onde ela faleceu.

No entanto, no dia seguinte, quando o inquérito foi instaurado pelo Departamento de Atendimentos a Grupos Vulneráveis (DAGV), a delegada Meire Mansuet entendeu que o caso deveria ser qualificado como tentativa de homicídio e pediu a prisão preventiva do acusado, recapturado no sábado (20).

As investigações ainda estão sendo conduzidas pela delegacia especializada.