De acordo com o Censo 2010 do IBGE, o Brasil conta com 60 mil casais do mesmo sexo vivendo juntos no país. Eles correspondem a 0,1% dos lares brasileiros. É a primeira vez que o Censo analisa o novo perfil da família brasileira e intitula "arranjos familiares', por conta da nova concepção de família. Por ocnseguinte, o Censo analisa a família como um arranjo mais próximo do que diz a sociologia.

A pesquisa também revelou que os casais gays têm presença maior nas faixas de renda mais altas, se comparado com os casais héteros. O censo levou em conta a renda mensal das famílias, baseada no salário mínimo de 2010, que era de R$ 510. Quanto mais elevada a faixa salarial, aumenta a diferença porcentual da quantidade dos casais do mesmo sexo em relação as famílias heterossexuais.

Os héteros só estão em maior número porcentual nas duas faixas de renda mais baixas. A maior parte dos casais gays se encontra na faixa de 1 a 2 salários mínimos. São 25,14% deles. Na faixa de renda mais alta, de mais de 20 salários mínimos, os casais gays aparecem quatro vezes mais do que os casais héteros.

Confira abaixo a comparação entre os casais do mesmo sexo (HM) e os casais de sexo oposto (HT), de acordo com cada faixa de renda.

Até 1/2 salário mínimo: 9,2% HT, 3,4% HM;

de 1/2 salário mínimo a 1 salário: 18,72% HT, 15,6% HM;

de 1 a 2 salários: 10,56% HT, 25,14% HM;

de 2 a 5 salários: 10,56% HT, 20,5% HM;

de 5 a 10 salários: 3,41% HT, 9,55%;

de 10 a 20 salários: 1,05% HT, 3,77% HM;

Mais de 20 salários mínimos: 0,34% HT, 1,4% HM.