Centro de Nefrologia do Huse funciona sem elevador
Situação dos renais crônicos em Sergipe é caótica, diz Arcrese
Cotidiano | Por Fernanda Araujo 03/07/2018 12h55 - Atualizado em 03/07/2018 19h12

O Centro de Nefrologia, que está instalado no Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) desde o dia 5 de abril, está funcionando sem o elevador. O Centro, inaugurado com obra inacabada, foi aberto à população ainda naquele mês, mas, segundo representantes dos pacientes renais, o serviço ainda não funciona adequadamente.

De acordo com a Associação dos Renais Crônicos e Transplantados de Sergipe (Arcrese), o atendimento está funcionando a contento e cerca de 30 pacientes já receberam alta médica e esperam por vagas nas clínicas. No entanto, a falta do elevador tem prejudicado a agilidade no atendimento de urgência e emergência.

“Está sem elevador desde a inauguração fake. Já houve três pacientes em parada cardiorrespiratória que tiveram que ser levados na maca até a UTI subindo as rampas de acesso”, afirmou o presidente da Arcrese, Lúcio Alves. Um vídeo cedido pela Arcrese mostra o momento em que um idoso é levado às pressas para a UTI pelos corredores do hospital.

“Um paciente em urgência, parada cardíaca, demorar para ser atendido pode ir a óbito. Imagine um paciente obeso, ter que ser transportado em macas subindo uma rampa. O risco que corre é tanto aos pacientes como aos profissionais”, ressalta Alves.

Esta semana os representantes dos renais crônicos entregaram uma série de reivindicações ao secretário de Estado da Saúde, Valberto Lima, sobre a situação atual dos pacientes. Uma Comissão de Nefrologia foi formada para tratar as demandas da Nefrologia e a primeira reunião acontece próxima segunda (9).

A Arcrese propõe elaborar diretrizes sobre os cuidados com o paciente renal, juntamente com o Estado, que devem ser seguidas pelas clínicas e hospitais, visando a prevenção e tratamento. A falta dessas diretrizes em Sergipe, para Lúcio Alves, é grave.

“A situação dos renais no Estado permanece caótica há mais de dois anos. Faltam vagas em clínicas, não tem transplante, quem viajar para fazer transplante tem que pagar diária, as crianças não têm acesso à terapia renal substitutiva e muitas morrem sem nem dar início. Se levar isso em consideração, estudos mostram que dentro de cinco e dez anos não vamos mais poder atender ao paciente renal crônico, doença que vem crescendo 10% a cada ano”, completa.

F5 News procurou a assessoria da Secretaria de Estado da Saúde (SES) para saber sobre a situação do Centro de Nefrologia. A assessoria informou que as peças para o elevador estão sendo providenciadas e ainda essa semana o elevador estará consertado.

Atualizado para acréscimo de informação da SES

 

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