Cerca de 160 mil alunos devem ser afetados por greve dos professores
Previsão é de que 338 escolas da rede estadual paralisem por tempo indeterminado Cotidiano | Por Saullo Hipolito 26/11/2019 00h00Os professores da rede estadual em Sergipe iniciaram nesta terça-feira (26) uma greve por tempo indeterminado, contra o teor dos Projetos de Lei (PL) enviados pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa (Alese). A greve foi aprovada por unanimidade pela categoria, a 20 dias de concluir o ano letivo.
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), a previsão é de que cerca de 338 escolas sejam afetadas, com um total de 160 mil alunos. A pasta deve fazer um levantamento dos reflexos da greve ainda durante a tarde dessa terça.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese), o PL extingue o triênio, a redução da carga horária e cria entraves para incorporação de gratificações na aposentadoria, diferentemente do que o Estado defendeu por meio de nota nesta manhã de terça.
No documento, o Governo afirmou que "os projetos enviados a Assembléia Legislativa não diminuem salários , nem retiram triênios de professores aposentados, tampouco da ativa. Para acabar com qualquer interpretação por parte do Sintese, o Governo vai mandar uma emenda que deixa o artigo do Projeto de Lei ainda mais claro".
Em entrevista à TV Atalaia, na praça Fausto Cardoso, a presidente do Sintese, Ivonete Cruz, disse que o Governo tenta convencer a sociedade de que não está tirando direitos. "Os professores têm entendimento, leitura e compreensão, não nos reuniríamos se não fosse verdade. Esperamos que ele reveja isso, porque é uma categoria que já vem perdendo muito, ainda ficar sem o triênio é grave", afirmou.
Conforme o Governo do Estado, pela primeira vez em pouco mais de 23 anos, o calendário está unificado em todas as escolas da Rede Estadual, com previsão para férias em 20 de dezembro e retorno 10 de fevereiro 2020. "Ao invés de usufruir de suas férias precisarão repor aulas", diz a nota do Governo.





