Chuvas: Secretaria da Saúde alerta para prevenção à leptospirose
Doença é causada por uma bactéria que está no sistema renal dos ratos
Cotidiano | Por Agência Sergipe Notícias 24/01/2020 19h39

Neste período de chuva é muito importante evitar o contato direto com os alagamentos, com água potencialmente contaminada, prevenindo-se contra a leptospirose. O alerta é do infectologista da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Marco Aurélio, que lembra não haver vacina contra a doença que é potencialmente grave, mas tem tratamento e seus danos podem ser reversíveis se for tratada oportunamente.

Em Sergipe, casos confirmados de leptospirose foram 33, em 2017; para 23, em 2018; número que cresceu em 2019, com 27 casos. Em 2017, foram seis óbitos, 2018 foram três e em 2019, cinco. A leptospirose é uma doença causada por uma bactéria, que está no sistema renal dos ratos comuns e é altamente prevalente.

 Segundo o infectologista, estima-se que 60% dos ratos têm a bactéria na urina. Quando não tem chuva essa urina seca e não há essa transmissão. “Com a presença de pequenas seleções de água o que acontece é que essa urina é diluída e em contato com o homem pode contaminá-lo, o que se dá através da pele, principalmente dos membros inferiores”, informou.  
 
Prevenção e transmissão

A forma de prevenção é tentar evitar o contato, que às vezes pode ser inesperado quando se tem uma enchente (nas áreas onde isso ocorre é onde se registra o maior número de casos). Por muito tempo a leptospirose é tida como uma doença ocupacional, porque atinge as pessoas que trabalham com limpeza de locais contaminados como quintais, terrenos baldios, ou que trabalham com higienização. A presença de muitos roedores nos locais acabava contaminando os trabalhadores. Neste caso, o uso de botas e luvas impermeáveis ( e sem furos) evitam o contágio.

Atenta o infectologista para outra forma de transmissão, que é a recreativa. “Com essas pequenas chuvas os campinhos de futebol, principalmente em áreas de periferia, ficam alagados e as crianças e adolescentes costumam brincar nesses locais. Esse contato também é potencialmente perigoso, tanto quanto a outra maneira de contágio, que é a domiciliar”, disse, explicando que esta ocorre a partir das pequenas enchentes que levam água contaminada para dentro das casas. Marco Aurélio orienta também para esta situação o uso de equipamentos de proteção, como botas e luvas impermeáveis durante a limpeza do imóvel.

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