Ciganos acusados de homicídios em Sergipe são presos em São P aulo
Corpos foram escondidos na Barra dos Coqueiros
Cotidiano 22/12/2011 16h30

Por Adriana Meneses

A Polícia Civil sergipana, com apoio da polícia de São Paulo, conseguiu prender em duas cidades do interior paulista, seis homens da mesma família, acusados de assassinar dois retratistas pernambucanos e ocultar seus corpos no município de Barra dos Coqueiros, em Sergipe.

De acordo com o delegado Lênio Carvalho, após uma denúncia anônima, a polícia começou a trabalhar uma linha de investigação que chegou aos acusados. Segundo o delegado, tudo começou em outubro de 2010, quando um grupo de ciganos se envolveu em uma confusão com outro grupo de retratistas pernambucanos, no município de Lagarto/SE.

Durante a confusão, um cigano acabou sendo assassinado e um outro ficou ferido. Diante dos fatos, na mesma época do crime, um dos retratistas desapareceu e até o momento não se tem noticias de seu paradeiro.

 

Homicídio X vingança

As investigações apontam que, com desejo de vingar a morte de um membro da sua linhagem, e pela coincidência da profissão e naturalidade das vítimas, o grupo de ciganos assassinou no município de Carmópolis, os também retratistas pernambucanos, de Tabira, Givanildo Gilberto dos Santos, de 29 anos e José Carlos Palmeira da Silva, de 27 anos, que viram trabalhar em Sergipe mostrando as suas artes fotográficas.

Após o crime, que aconteceu aproximadamente em setembro deste ano, o grupo ocultou os corpos na praia de Jatobá, localizada no município de Barra dos Coqueiros, sendo encontradas as ossadas no último mês de novembro.

Familiares dos desaparecidos que vivem em Pernambuco vieram a Sergipe para fazer o reconhecimento dos corpos, mas, devido ao estado de decomposição, apenas resto das roupas foram reconhecidos. Só um exame de DNA apontará se os restos mortais encontrados, realmente, pertencem aos retratistas desaparecidos.

 

A prisão

De acordo com o delegado do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), André Baronto, há 12 dias que a polícia sergipana estava em terras paulistas seguindo a linha de investigação que levava aos acusados. No momento da prisão, quatro dos acusados estavam em um acampamento cigano no interior paulista de Itapevi, e outros dois também em um acampamento cigano só que no município de Itanhaem.

Foram presos Derino Santos Ramos, 29 anos, Oliveira Ramos, 53 anos, Marciano Santos Ramos, 24 anos, José Oliveira Ramos, 30 anos, Roque de Oliveira Ramos, 30 anos, Marcos Lima Ramos, 38 anos, todos membros de uma mesma família de ciganos.

Os acusados foram encaminhados para o Cope onde a polícia investiga agora qual a participação de cada um nos assassinatos e ocultação dos corpos dos retratistas pernambucanos.

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