Cinco jovens de SP são presos por furto de apartamentos em Aracaju
Eles aproveitavam a entrada ou saída de moradores para acessar condomínios de luxo Cotidiano | Por Fernanda Araujo e Will Rodriguez 16/12/2019 10h56 - Atualizado em 16/12/2019 19h13Quatro apartamentos de condomínios de luxo em Aracaju foram alvos de um grupo criminoso que vinha de São Paulo para realizar furtos na capital sergipana. Os crimes ocorreram no dia 23 de novembro, quando as residências foram arrombadas; duas delas tiveram várias joias subtraídas pela quadrilha. Cinco suspeitos foram presos na última sexta-feira (13).
Os detalhes da investigação foram divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), que flagrou os cinco integrantes em um carro alugado na BR-101, no município de Itaporanga D'Ajuda. Foram detidos Josielton de Jesus Santos, 35 anos, Sílvio Evangelista Barbosa, 22, Lucas Gentil Almeida, 18, Luan Benício da Silva, 30, e Caio Vinícius Santos Dantas, 21.
A partir da análise de imagens de câmeras de segurança, a polícia identificou os suspeitos e localizou um veículo Audi branco, pertencente a Josielton, que foi usado na ação criminosa. Após o furto em novembro eles teriam fugido, mas na semana passada a polícia recebeu informação de que a quadrilha estava retornando para a capital.Os suspeitos residem no estado de São Paulo e, segundo a Polícia Civil, arrombaram quatro prédios de luxo, sendo três no bairro Treze de Julho e um no bairro Coroa do Meio, em dois eles conseguiram efetuar o furto. Em outros, segundo a polícia, só não conseguiram porque o morador se encontrava em uma das residências, não encontraram nada de valor ou não conseguiram entrar.
"Eles tinham acesso a esses locais se valendo da fragilidade na segurança dos condomínios, entravam basicamente no momento em que algum morador entrava ou saía e, a partir daí, se dirigiam para os apartamentos, tocavam as campanhias e nos imóveis que os moradores não atendessem eles forçavam a entrada e passavam a vasculhar à procura de objetos de valor", afirmou o delegado Dernival Eloi, diretor do Cope, ressaltanto que não há participação de moradores, nem de funcionários dos condomínios.Um fato que chamou a atenção da polícia foi a agilidade com que os suspeitos agiam. "Eles vinham de São Paulo de carro, procuravam os condomínios que achassem interessantes, tentavam ingressar, cometiam os crimes e de imediato regressavam", contou o delegado. Os suspeitos já possuem passagem pelo mesmo tipo de crime e também agiam nos estados de São Paulo, Ceará (na cidade de Fortaleza) e em Alagoas (em Maceió), crimes geralmente praticados aos finais de semana.
A Polícia ainda não consegue estimar o prejuízo causado aos moradores na capital. Os objetos roubados não foram recuperados; durante interrogatório, de acordo com o delegado, os suspeitos alegaram que vendiam as joias na região central de São Paulo e o lucro era dividido entre eles.
"As joias em si, os valores não temos precisão, mas certamente são joias familiares, de valor sentimental. Estamos trabalhando juntamente com a Polícia Civil de São Paulo para chegar aos receptadores desse material. Eles vão responder por furto qualificado e associação criminosa", completou o delegado.
A operação conjunta foi realizada pelo Cope, Departamento de Crimes contra Patrimônio (Depatri) e pelo Departamento de Inteligência da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), além da participação da Polícia Rodoviária Federal e polícia de Maceió.





