Circulação de veículos cai pela metade em Aracaju durante isolamento
O número de passageiros no transporte público também já caiu mais de 70% Cotidiano | Por Fernanda Araujo e Will Rodriguez 15/04/2020 10h30 - Atualizado em 15/04/2020 11h20Em meio à quarentena, houve uma queda em mais da metade na circulação de veículos em Aracaju, segundo aponta a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT). O cenário aponta para as medidas de isolamento adotadas para se evitar a proliferação da Covid-19.
Apesar de ainda ser possível visualizar vários veículos, inclusive carros de passeio, transitando pelas ruas da capital, segundo o órgão de trânsito essa circulação diminuiu em mais de 50%.
“Mesmo assim, o trabalho essencial dos agentes de trânsito continua sendo executado. Inclusive, a fiscalização dos estacionamentos da Orla da Atalaia, Calçadão da 13 de Julho e Praia Formosa, que estão interditados desde o início de abril para evitar aglomerações”, disse a SMTT ao F5 News.
Conforme dados do Departamento de Trânsito (Detran), até março deste ano, Aracaju tinha uma frota total de 325.347 veículos. No Estado, esse número é de 824.049, de veículos particulares, oficiais, de aluguel e outros. Somente de veículos particulares, na capital, são um total de 310.579 e, em todo o estado, 772.673.Um levantamento feito recentemente pela Prefeitura de Aracaju, um mapeamento de movimentação de pessoas elaborado com base em dados de geolocalização, apontou ainda que pouco mais da metade dos aracajuanos, 52,8%, tem seguido as instruções de isolamento social, recomendadas pelas autoridades de saúde, para conter a rápida proliferação dos casos de Covid-19.
A movimentação no transporte público já apresenta uma queda de 74,37% do número de passageiros de Aracaju e da região metropolitana. De 23 de março a 13 de abril deste ano circularam 964.716 pessoas no transporte, neste mesmo período em 2019, foram 3.763.939.
“Nós estamos operando com uma queda de demanda de passageiros pagante muito grande, enquanto que a prestação do serviço não foi reduzida na mesma proporção da redução de passageiros. A conta não está fechando, nem mesmo as principais despesas estão sendo cobertas. As despesas essenciais como pessoal e combustível representam em média 68% do custo total do sistema. Os trabalhadores do setor de transporte estão na linha de frente junto com outros profissionais também indispensáveis para este momento”, alertou o superintendente do Setransp, Alberto Almeida.





