Coleta de lixo começa a ser normalizada nas ruas de Aracaju (SE)
Presidente da Emsurb reconhece débitos, mas diz que estão parcelados
Cotidiano | Por Fernanda Araujo 26/02/2019 12h56 - Atualizado em 26/02/2019 13h58

A coleta de lixo voltou a ser realizada em Aracaju  (SE) depois que a Torre anunciou ontem a suspensão parcial dos serviços para esta terça-feira (26). Nessa manhã, a empresa colocou equipes nas ruas da zona norte e zona sul, com um caminhão extra. No entanto, em grande parte da zona norte, desde ontem o lixo permanece nas portas das residências. A Torre não confirmou se houve acordo.

Segundo o presidente da Emsurb, Luiz Roberto, a coleta já começou a ser realizada na zona sul, como previsto no calendário da empresa, e durante o dia retoma o serviço na região norte. A previsão é que a coleta seja normalizada até a noite de hoje, segundo também confirmou a Torre. “Fizemos ontem a limpeza do Centro da cidade e em alguns pontos e avenidas principais da zona norte”, disse Roberto, que afirmou ter sido surpreendido e considerou a atitude como “precipitada”.

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Em mais de um ano da licitação e um ano da assinatura do contrato, os serviços voltaram a ser suspensos pela Torre, que alegou falta de recursos, diante  de dívidas da Prefeitura – o mesmo argumento utilizado na suspensão em dezembro passado. Os débitos seriam referentes a maio e agosto do ano passado do contrato atual, e R$ 26 milhões da gestão anterior, montante dividido em 48 prestações.

Segundo a Torre, a Emsurb propôs que a empresa pedisse empréstimo (antecipação) no banco para conseguir quitar os serviços prestados em maio. As faturas venceram em agosto, a PMA não pagou ao banco e teria sugerido nova antecipação prevista para 20 de fevereiro deste ano. Já as parcelas da dívida anterior, também negociada com antecipação bancária, não estariam sendo pagas desde outubro passado.

A Emsurb diz que foi a Torre quem se utilizou da antecipação ao banco, autorizada e assinada juntamente com o órgão, que está realizando o pagamento no início deste ano devido a maior arrecadação de impostos do Município. Em entrevista à TV Atalaia, Luiz Roberto, reconheceu que existe uma dívida referente a maio passado, mas que foi dividida em quatro parcelas. Já a única parcela de agosto foi quitada ontem no final da tarde, para o banco estadual.

“Não havia motivo para suspensão. Antes mesmo, no início da noite tivemos uma conversa com o representante da Torre onde discutimos inclusive essa questão da trava bancária, e voltamos a pagar a Torre dentro do mês. O mês de dezembro foi pago no dia 10 de fevereiro, como é normal dentro do contrato, existe dez dias para atestar uma nota e 30 dias para se pagar”, disse o presidente, ressaltando que ainda discute possível renovação ou prorrogação do contrato com a empresa, que completa um ano.

Sobre a dívida herdada da gestão passada, segundo o presidente já foram pagos quase R$ 9 milhões, porém duas parcelas ainda estão em atraso.

Em janeiro de 2018, a Torre venceu o contrato de R$ 70,2 milhões em três lotes para serviços de coleta, transporte, descarte de resíduos sólidos urbanos, de material reciclável, além de coleta de resíduos da construção civil e volumosos, e limpeza geral com roçagem mecanizada.  Somados os valores de cada lote e dividido por doze meses, a fatura mensal estimada – conforme cálculo feito pelo F5 News – é de cerca de R$ 5 milhões.

F5 News questionou a Torre sobre os valores da dívida da atual gestão referente a maio e agosto, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.

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