Moradores do bairro Jabotiana, na zona oeste de Aracaju, voltaram a ser assombrados pelos alagamentos frequentes em tempos chuvosos por conta da cheia do rio Poxim. Considerado a solução mais viável para dar fim às inundações na localidade, o projeto de macrodrenagem e dragagem das bacias não tem previsão de sair do papel por falta de recursos.

A chuva que caiu de forma intensa nas últimas horas foi suficiente para fazer a barragem do Poxim transbordar, levando o aguaceiro, mais uma vez, para dentro das casas dos moradores do Largo da Aparecida, região historicamente mais afetada pelas cheias. Dessa vez, a Prefeitura se antecipou retirando moradores da região, que foram realocados em hotéis. Ainda assim, muitas pessoas ficaram no prejuízo porque tiveram os imóveis atingidos pela enchente.

Orçado em R$ 54 milhões, o projeto de retirada do material assoreado do rio Poxim, desde São Cristóvão até Aracaju, foi apresentado pelo prefeito da capital, Edvaldo Nogueira, em novembro do ano passado, mas está travado pela falta de orçamento. 

Como ao longo dos anos a calha do rio vem sendo estrangulada, diminuindo a capacidade da sua vazão, conforme estudos técnicos da administração municipal, será necessário dragar 104.960 metros cúbicos de material do rio, ao custo estimado de R$ 26,4 milhões.  Além disso, há a necessidade de execução de outros projetos, como a construção de piscinões e obras de drenagem para melhoria da canalização, correspondendo ao restante do valor orçado ( R$ 28 milhões). 

Consultada pelo F5 News, a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) disse que os projetos “já foram apresentados ao Governo do Estado para uma possível parceira nessa ação e a PMA continua tentando viabilizar os recursos necessários para as obras”.

A previsão meteorológica é que as chuvas continuem até esta sexta-feira (22), com índice pluviométrico de até 50 mm.