A Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec) realizou na manhã desta terça-feira (28), um encontro com os comerciantes e representantes de empresas localizadas no entorno da área da abrangência do Plano de Evacuação da Comunidade (PEC) da Zona de Expansão. O evento, que teve como objetivo capacitar a comunidade para saber como agir em um possível incidente.

A Defesa Civil é responsável pela criação e coordenação do Plano de Evacuação e realizou ano passado um workshop sobre o assunto, mas de acordo com o coordenador-geral da Defesa Civil Municipal, major Silvio Prado, com a baixa adesão dos comerciantes, a gestão buscou a parceria com o Ministério Público para realizar uma capacitação mais específica.

 “Durante a capacitação, utilizamos várias mídias, como maquetes eletrônicas e passamos todas as informações para que eles estejam devidamente preparados preventivamente. Lembrando que para acontecer algo no nível que a gente está preparado é muito difícil, a probabilidade é muito baixa”, disse o major.

Na oportunidade, a Defesa Civil ressaltou as informações através do lançamento de um vídeo didático do que a comunidade deve ou não fazer, assim como, ensinou o procedimento de cadastro dos telefones celulares para recebimento de mensagens de alerta, em um possível momento de evacuação. O raio de impacto máximo possui uma distância de até um quilômetro e 1% de risco de letalidade para a população.

Por ser uma instituição voltada para a proteção dos direitos dos cidadãos, o Ministério Público Estadual acompanha as ações de prevenção referentes ao PEC, através da promotora Mônica Hardman, que atua na Fiscalização aos Serviços de Relevância Pública. “Entendemos que a comunidade precisa conhecer o plano de evacuação para saber como proceder e o Ministério Público realiza essa mediação, aproximando a Defesa Civil da comunidade. Nesse caso dos comerciantes, em específico, é muito importante por que eles recebem clientes de várias partes da cidade, que não tem conhecimento das medidas para evacuação e podem estar no local em um momento como esse. Estando capacitados, em caso de um sinistro real, contamos com eles para disseminar as orientações como agentes multiplicadores”, ressalta a promotora.

A convite da Defesa Civil e do Ministério Público, o capitão do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Sergipe (CBMSE), Eduardo Henrique Moura, também compareceu ao encontro. “para absorver um pouco mais de conhecimento e criar diretrizes internas para que a gente esteja realmente preparado para atuar. “Viemos para prestigiar a excelente ideia e para absorver um pouco mais de conhecimento, que pode possibilitar a criação de novas diretrizes internas para que a gente esteja realmente preparado para atuar no caso de um sinistro. Uma ação como essa serve como elemento a mais de divulgação da prevenção e para auxiliar as ações do Corpo de Bombeiros”, afirmou. 

Ivo Melo, empresário da região, afirma que atendeu ao convite da Defesa Civil por ser uma pessoa que prima pela segurança sempre. Por já ter trabalhado em área industrial, com linha de produção e sistemas de segurança, ele compreende a necessidade da capacitação e parabenizou a iniciativa. “Esse é um momento maravilhoso, importante e enriquecedor. Ninguém sabe de tudo sozinho e o bom resultado depende um conjunto de coisas e a integração de pessoas. Sempre temos algo novo a aprender. Na minha empresa, a segurança é uma prática comum, como extintores e hidrantes a mais que o exigido, para a necessidade de alguma emergência”, afirma o empresário.

Além dos comerciantes, Ministério Público e Corpo de Bombeiros, o encontro também contou com representantes das empresas responsáveis pelo polo industrial: a Petrobras e a Nacional Gás, que tiveram a oportunidade de apresentar os critérios de segurança da empresa e o plano de atuação emergencial para a comunidade. O técnico em segurança da Nacional Gás, Jair Santos, conta que objetivou mostrar os procedimentos e as etapas de produção para tranquilizar e preparar a comunidade. “Sanamos qualquer dúvida referente ao risco. Principalmente para aqueles que residem a menos tempo na região e ainda têm esse mito de que existe um grande risco de explosão. Para isso, explicamos os detalhes de segurança, tanto ambiental, quanto dos nossos equipamentos”, explicou.