Comerciantes do Hotel Palace podem ir à Justiça para barrar interdição
Vendedores têm 10 dias para deixar local. Emsurb ainda não definiu realocação
Cotidiano | Por Fernanda Araujo 15/05/2018 12h55 - Atualizado em 15/05/2018 13h39

Lojistas e ambulantes do prédio do antigo Hotel Palace, no Centro de Aracaju, devem ir à Justiça para barrar a ordem judicial que determinou a interdição imediata da edificação. A decisão foi dada na semana passada pelo Tribunal de Justiça de Sergipe, atendendo ao pleito do Ministério Público, mas, segundo os comerciantes, a medida trará prejuízos.

O hotel, desativado há 19 anos, é utilizado ainda pelo comércio local, dentro ou ao redor da estrutura. No térreo e no primeiro andar que, de acordo com a Prefeitura de Aracaju, “pertencem a particulares”, são vendidas as mais variadas mercadorias.

Com a interdição, os proprietários temem pelo comércio e cobram indenização, caso sejam retirados do local. “Eu comprei isso aqui. Tenho a escritura e ainda tenho todos os recibos de impostos que pagamos”, alegou ao Jornal da Cidade o comerciante Charles Macedo, proprietário de uma loja no hotel há mais de dez anos.

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Os lojistas e ambulantes, que ainda permanecem no prédio, também reclamam do prazo de dez dias dado pela Justiça para que eles saiam do local. Eles afirmam não ter para onde ir e onde estocar as mercadorias. Na opinião dos comerciantes, o prédio precisa de reforma, mas não corre risco de desabamento, portanto nao se justifica ser interditado. Ainda segundo eles, nenhum órgão definiu um novo local para os vendedores.

Ao F5 News, a assessoria da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) afirma que ainda não foi notificada da decisão judicial. Sobre a definição de um novo local para os comerciantes, o órgão diz que qualquer avaliação somente será feita após a notificação.

O portal também procurou a Secretaria de Estado do Turismo, já que a torre do prédio pertence ao Estado. A assessoria informa que o órgão foi notificado na segunda (14), porém a medida não deve influenciar no Estado, já que a torre está interditada há mais de dois anos e toda a fiação elétrica e materiais, como pisos, foram retirados à época.

Na decisão, toda a área da edificação deve ser desocupada e o comércio desativado, até que seja feita a revitalização, com reparos nas estruturas de concreto e vigas de madeira que apresentam rachaduras e estão em estado de deterioração. Além disso, deve ser feita sinalização sobre os riscos de circulação na área e ficar disponível equipe da Guarda Municipal para resguardar a área e evitar ocupações.

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