Conheça o “pastel do cemitério” que faz sucesso na zona norte de Aracaju
Funcionando há 37 anos, duas lojas da pastelaria são próximas a dois cemitérios
Cotidiano | Por F5 News 18/02/2021 14h05

“Pastel do cemitério” é como ficou conhecido o salgado vendido em duas lanchonetes localizadas no entorno dos cemitérios Santa Isabel e São Benedito, no bairro Santo Antônio, em Aracaju. A matriz fica na Praça Princesa Isabel e a filial em uma rua lateral ao sepulcrário. As casas servem salgados diversos, mas os pasteis, em geral acompanhados de caldo de cana, são os carros-chefes no gosto da fiel freguesia. As lanchonetes funcionam de segunda à sexta-feira em horário comercial e aos sábados até 12h. 

Apesar dos pontos próximos aos cemitérios, não é o fluxo deles que garante a boa frequência na casa e a venda dos cerca de 500 salgados diariamente. Segundo a proprietária Cristina Andrade, o famoso "pastel do cemitério" já tem a própria clientela fiel. Na manhã desta quinta-feira (18), por volta das 9h, a filial da pastelaria estava a todo vapor, com cerca de 10 clientes no balcão, e a todo instante entrando e saindo mais pessoas. Com a bagatela de três reais é possível comer um pastel de queijo, carne, frango ou camarão, junto com um copo de caldo de cana 

O estabelecimento existe há 37 anos e já passou à segunda geração. O empresário Manoel Pereira de Andrade, hoje com 83 anos, foi quem deu início ao negócio, quando ainda tinha uma Rural e nela ficava o moedor de cana. A administração agora cabe aos filhos dele, que tomam conta das pastelarias. 

“Em 1997 abrimos essa filial, que agora já tem 24 anos. De lá para cá é muita história e muito agradecimento, porque o nosso cliente é fiel. Sempre estamos com movimento, tem gente que vem sempre. É o famoso pastel do cemitério, mas o cemitério mesmo não influencia aqui. Os nossos clientes são outros”, disse Cristina Andrade ao F5 News. 

A tendência é de crescimento. A empresária conta que um sobrinho já se prepara para abrir outra unidade da pastelaria. “Está ficando de geração para geração e eu espero mesmo que permaneça”, diz, orgulhosa. 

Ainda segundo ela, a pandemia do novo coronavírus marca um dos momentos mais difíceis que a família empreendedora enfrentou. Foram 80 dias sem o famoso pastel do cemitério, já que ambas as lojas ficaram fechadas durante o período em que o isolamento social foi mais efetivo. 

“Não fizemos delivery na quarentena. Ficamos sem ver a cor do dinheiro mesmo, mas, graças a Deus, não precisei demitir nenhum dos meus três funcionários. Dei férias referente a 2019 e a 2020, então esse ano ninguém tem férias. Foram dias de muita ansiedade e insegurança, mas estamos aqui”, lembra Cristina. 

Ela recorda de outra fase de crise que a pastelaria passou, no ano de  2005, com a chamada "praga do barbeiro". “Não fomos atingidos diretamente aqui em Sergipe, mas, de tanto sair na imprensa, a venda da gente caiu muito. Foi um ano difícil naquela época, mas passou”, disse. 


 

Edição de texto: Monica Pintosh
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