Conheça os danos que o hábito de fumar pode causar à saúde
5,6% da população aracajuana faz uso de cigarro, aponta pesquisa
Cotidiano | Por Saullo Hipolito 29/08/2019 11h58 - Atualizado em 29/08/2019 16h08

Com um alto percentual de fumantes em Sergipe, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o tabagismo é um fator de risco para doenças cardiovasculares e câncer, por exemplo. Para aumentar esse problema, o uso de narguillé ou cachimbo d'água tem crescido no país, entre os mais jovens, e dissemina doenças na mesma proporção  que o cigarro.

Pensando nisso, a pasta da saúde promoveu uma palestra na manhã desta quinta-feira (29) com o tema: "Tabaco ou Saúde - o uso do Narguillé". O evento faz alusão ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado hoje.

"Hoje estamos fazendo uma interface muito importante com o programa Saúde na Escola, onde a gente já dissemina essa informação, além de trazer a Vigilância Sanitária, outro setor importante na fiscalização", disse a coordenadora do Programa Estadual de Controle ao Tabagismo, Lívia Angélica da Silva (foto).

"É um processo que já vem desde 2011, com a Lei 2456, que proíbe o tabagismo nos espaços públicos e privados, visualizando a condição da saúde pública das pessoas que deixam de usar os cigarros", afirmou o coordenador da Vigilância Sanitária de Sergipe, Ávio Brito.

De acordo com Lívia, no Brasil, é previsto pela pesquisa de vigilância e fatores de risco e proteção que até o ano de 2020 haja 9% de fumantes em todo o país, mas o número já ultrapassa esse total e atinge 9,3%. A pesquisa aponta que, no universo da população de Aracaju, o percentual é de 5,6% de fumantes.

O tabagismo ocasiona mais de 50 tipos de doenças, especialmente ligadas ao coração, à circulação, aos cânceres de vários tipos e às  respiratórias. Dentre as pessoas que morrem de câncer de boca, por exemplo, 90% são fumantes. "A estimativa do Ministério da Saúde é de que 30% dos cânceres sejam ocasionados pelo tabagismo, em relação aos cânceres de pulmão o número é elevado para 90%", afirmou Lívia.

O tabagismo hoje é considerado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Vale ressaltar que o ato de fumar frequentemente é uma doença, gera uma dependência química das mais de cinco mil substâncias tóxicas presentes no cigarro.

"Nós tratamos com medicamentos, mas principalmente com sessões de grupo, em que damos ferramentas para parar de fumar e continuar assim, por isso, a decisão pessoal é muito importante, em conjunto com a ajuda profissional", salientou a coordenadora.

Da mesma forma, a fumaça do cigarro afeta a mucosa da boca, dificulta a cicatrização e diminui a eficiência do sistema imunológico, tornando o fumante mais frágil às bactérias, vírus e fungos.

“A fumaça do cigarro provoca o ressecamento da boca e inibe a produção de saliva, potencializando a halitose. As próprias substâncias produzidas pela combustão do tabaco presente no cigarro também ajudam a aumentar os odores desagradáveis que geram o mau hálito”, explica o presidente do CRO-SE, Anderson Lessa Siqueira.

Foto 2: Saullo Hipolito/ F5 News

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