Conselho Tutelar nega abandono de criança em Nossa Senhora do Socorro
Bebê é devolvido à mãe, após companheiro ir a hospital e acusá-la de abandono
Cotidiano | Por F5 News 26/09/2019 18h56 - Atualizado em 26/09/2019 21h17

O 2º Conselho Tutelar do município de Nossa Senhora do Socorro, na Grande Aracaju, conseguiu localizar a mãe da criança que supostamente teria sido abandonada por ela no conjunto Fernando Collor. A acusação foi negada através de apuração do órgão, que encontrou a mulher ainda ontem, após ser vítima de violência doméstica, e devolveu a criança.

Na madrugada de quarta-feira (25), o pai da criança chegou a ir por duas vezes ao Hospital Regional José Franco atrás do Conselho Tutelar com o bebê ainda recém-nascido nos braços, afirmando que o filho teria sido abandonado pela mãe. Sem esperar pelos conselheiros, ele desapareceu. Aos recepcionistas da unidade, o homem disse que a mãe da criança havia surtado e a abandonado em uma residência. O Conselho foi acionado pela polícia, mas o homem já havia sumido.

Após tentativas de encontrá-los, no entanto, conselheiros descobriram que o homem teria raptado a criança após uma discussão com a mulher, que tem nove filhos; dois com o suspeito. O casal estava morando em uma casa de passagem na avenida Maranhão, em Aracaju. Segundo a conselheira Edilene Ribeiro Aragão, que apurou o caso, o homem agrediu a mulher e levou o bebê na intenção de entregá-lo para adoção.

"Ontem, fui a essa casa, lá a coordenadora informou que o casal estava morando lá e que viviam de esmolas. Ele tinha brigado com um usuário do albergue e obrigou a mulher a sair de lá com ele. No primeiro momento, ela negou porque a criança só tinha um mês e não ia ficar na rua. Mas, como existe histórico de agressividade, ela acabou indo e foram para a residência da mãe dela, de onde já havia saído anteriormente", afirma a conselheira, ressaltando que ela foi agredida e teve o filho tomado.

Ainda conforme a conselheira, a mulher se empenha no zelo com os filhos e não abandonou a criança, que foi localizada e devolvida. "Ela não é negligente, é uma mãe prestadora, mesmo com a quantidade de filhos, cuida e dá atenção. Ou seja, não foi abandono", reitera Edilene, evidenciando o trabalho dos conselheiros na apuração dos fatos. "Se não fosse o Conselho em busca da verdade, essa criança poderia ficar no acolhimento mais de seis meses sem que a mãe tivesse culpa", diz.

A criança e a mãe voltaram a residir em uma casa de acolhimento. Já sobre o pai, que conforme apurado é alcoólatra e faz uso de entorpecentes, ainda não há informações quanto ao seu paradeiro.

De acordo com a Secretaria de Assistência Social de Socorro, o município já está providenciando auxílio-moradia para a mulher poder conviver com os filhos. "Ela já está recebendo apoio para não haver essa separação do filho, que é a última medida sendo esgotada todas as alternativas", declarou a presidente do Conselho da Criança, Michele Marry.

 

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