Embora os bairros da zona leste de Aracaju concentrem o maior número de casos da covid-19, um estudo divulgado hoje (3) pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) aponta que a doença está avançando com um ritmo mais acelerado na região norte da capital sergipana. 

Com análise dos dados computados pela Secretaria da Saúde até o final de junho, quando havia mais de 14.800 casos de covid-19 na cidade, os pesquisadores do projeto EpiSergipe concluíram que a incidência da doença aumentou 50% em duas semanas. 

A maior taxa continua sendo registrada na zona leste, com 283,0 casos para cada 10 mil habitantes. No entanto, a zona norte registrou o maior crescimento nos últimos 15 dias, saindo de 107,9 para 164,6 casos para 10 mil habitantes. Isso aponta um aumento de 52,5%.

O bairro Jabotiana lidera a incidência da covid-19 na capital, com 412,8 casos para cada 10 mil habitantes. Em seguida, aparecem o Centro, com a taxa de 411,4; e Jardins, com 411,0. Por outro lado, o bairro Cidade Nova, seguindo a tendência da zona norte, contabilizou o maior aumento nas duas últimas semanas. O salto de 187,8 para 279,5 casos para cada 10 mil habitantes indica um crescimento de 48,8% no período.

Divulgação UFS

Aracaju tem, nesta sexta-feira (3), 15.381 pessoas infectadas pelo coronavírus e 315 óbitos em decorrência de complicações oriundas da doença.

Outro dado que chama atenção no estudo da UFS se refere à taxa de mortalidade, que aumentou 78,3% em 15 dias na capital sergipana. Isso porque quase metade dos 286 óbitos registrados em Aracaju por causa da covid-19 ocorreu nas duas últimas semanas de junho. 

População infectada

Os resultados da terceira fase do Estudo de Prevalência da Infecção por Coronavírus no Brasil (EpiCovid19-BR), mapeamento epidemiológico da pandemia no país realizado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), constatam que, dentre 133 cidades brasileiras analisadas, 3,8% da população de Aracaju têm ou já tiveram a infecção por Covid-19. O município de Itabaiana, a outra cidade sergipana que integrou o estudo, tem 2,8% de prevalência da doença entre os moradores.