Corpo de caminhoneiro morto no Mato Grosso do Sul é sepultado em Aracaju
Para a família, William Ramos morreu como herói, depois de salvar mulher e filhos
Cotidiano | Por F5 News 26/02/2020 15h43

Foi sepultado nesta quarta-feira (26), no cemitério São João Batista em Aracaju (SE), o corpo do caminhoneiro sergipano William Ramos dos Santos, de 29 anos. Ele morreu carbonizado em um acidente entre uma carreta e um caminhão tanque na BR-267, em Nova Alvorada do Sul (MS), no último domingo (23).

William ficou preso às ferragens e por isso não conseguiu sair da carreta. Ele estava acompanhado da esposa e dos filhos do casal, um menino e uma menina. Segundo a esposa, ele mandou que ela saisse da carreta com as crianças o mais depressa possível, prevendo que  o veículo iria explodir. Os três conseguiram sair do veículo antes da explosão e presenciaram a tragédia. "Meu marido é meu herói, meu guerreiro", disse a viúva aos prantos.

Ela tinha deixado o estado de Sergipe há três meses para viver com o esposo e  os filhos no Mato Grosso do Sul.

Entenda
O acidente aconteceu a 120 quilômetros de Campo Grande, em uma região de usinas. Os dois veículos bateram de frente e com o impacto o caminhão tanque carregado de combustível pegou fogo. Para apagar as chamas, o Corpo de Bombeiros local informou que foram usados cerca de 100 mil litros de água. O combate ao incêndio foi feito com duas viaturas do Corpo de Bombeiros com capacidade de 5 mil e 1.500 litros de água e seis caminhões de uma usina, com capacidade de 15 mil litros de água cada.

Empresa responsável pelo transporte do combustível é multada
Segundo a Polícia Militar Ambiental de Batayporã, que fica a cerca de 200 km do local do acidente e atendeu a ocorrência, a carreta bitrem transportava 58 mil litros de óleo diesel S500 (produto altamente inflamável) e calcula que foram derramados aproximadamente 43 mil litros de combustível na pista.

A transportadora, com sede em Paranaguá (PR), foi notificada a realizar a remoção de todo o material contaminante do solo, apresentando os resultados à Prefeitura de Aracaju  no prazo de sete dias. Foi ainda autuada administrativamente e multada em R$ 43 mil por poluição. Os responsáveis também poderão responder por crime culposo de poluição. A pena neste caso é de seis meses a um ano de detenção.
 

Edição de texto: Monica Pintosh
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