Cresce o número de mortes em confrontos com a polícia em Sergipe
Maioria dos confrontos ocorreu com integrantes de quadrilhas armadas, diz SSP Cotidiano | Por Fernanda Araujo e Will Rodriguez 17/05/2019 16h10Sergipe deixou a primeira e passou a ocupar a sexta posição entre os estados mais violentos do Brasil no que se refere a mortes violentas intencionais - taxa de 55,7 por 100 mil habitantes, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2018. A aparente melhora do estado no combate à violência contrasta com outro número: o de vítimas em operações da polícia.
Um levantamento obtido junto à Secretaria da Segurança Pública (SSP) mostra que as mortes em confrontos com policiais aumentaram 23% no primeiro quadrimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a SSP, 37 pessoas morreram durante ações de intervenção policial de janeiro a abril de 2019. No ano passado, esse número chegou a 30. Já em 2017, foram registradas 33 mortes decorrentes da intervenção policial.
Para a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seccional Sergipe, os dados refletem a necessidade da existência de uma política de segurança pública que seja planejada e pautada em uma plataforma de Direitos Humanos.
Segundo o presidente da comissão, o advogado Robson Barros, essa política tem o objetivo de garantir os direitos básicos de toda a sociedade e dos próprios profissionais da segurança pública, "que em sua imensa maioria exercem com zelo as suas funções".
"A Comissão de Direitos Humanos da OAB zela pelo direito à vida e repudia, de forma veemente, atos bárbaros praticados por quem quer que seja, que ceifam vidas e destroem famílias", reitera.
Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que operações policiais são cuidadosa e estrategicamente organizadas para diminuir o altíssimo risco à vida dos cidadãos e dos policiais.
Segundo a pasta, a maioria dos confrontos registrados no estado ocorreu com integrantes de quadrilhas armadas, responsáveis por assaltos a banco, explosões de caixas eletrônicos, tráfico de drogas, homicídios, entre outros crimes graves e violentos.
"Nessas operações complexas onde há o registro de morte decorrente de intervenção policial, a SSP esclarece que enquanto os policiais agem no estrito cumprimento da lei, os criminosos ignoram as regras e confrontam os agentes do Estado, portando e utilizando armas de fogo de grosso calibre", afirma ainda a nota.
A SSP reitera que o uso de inteligência policial, de planejamento, de técnica e o compartilhamento de informações possibilitam o desmantelamento de organizações criminosas antes mesmo delas executarem seus crimes.


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