Criança com calazar permanece no Huse em condição estável
Família ainda espera por vaga na UTI. Menino recebe cuidados semi-intensivos Cotidiano | Por Fernanda Araujo 05/11/2018 12h50 - Atualizado em 05/11/2018 16h46A criança de três anos diagnosticada com Leishmaniose, doença conhecida como Calazar, ainda aguarda por uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse). O menino é morador do município de Neópolis e está há 20 dias internado no hospital.
Segundo a mãe, a produtora rural Rayane França, ele foi diagnosticado com Calazar e desde o dia 17 do mês passado ficou na sala de estabilização, quando a saúde do garoto piorou e ele passou a respirar com auxílio de aparelhos. A família espera que a criança seja internada na UTI pediátrica do hospital diante da gravidade da situação.
“Ele está inchado, com os braços roxos por causa do medicamento. Um olho sobe bem pouco e o outro está fechado. Peço que quem puder, me ajude. Esse é o apelo de uma mãe que está com medo de perder o filho”, disse Rayane, a TV Sergipe, em tom de desespero. Ainda segundo ela, a criança desenvolveu quadro de anemia forte e pneumonia.
Ao F5 News, a assessoria de comunicação do Huse informou que o estado de saúde do menino é estável e ele está sendo atendido em uma enfermaria com os cuidados semi intensivos, em uma unidade que conta com estrutura e equipamentos como respirador, monitor e desfribilador, caso necessário.
Ainda segundo o hospital, existe o pedido de UTI, mas os leitos ainda estão ocupados. “A vaga já está no sistema de regulação do Estado SIGAU. Essa é transparente e segue o fluxo de urgência. Existem quatro tipos de prioridade e ele está classificado como P2”, acrescentou a assessoria.
A doença
O Calazar, endêmico em 47 países, é uma zoonose transmitida para o humano através da picada do “mosquitos-palha” que esteja infectado e, se não for tratada, chega a ser fatal em 95% dos casos. O calazar é causada pelo protozoário parasita Leishmania que ataca o sistema imunológico e, meses após a infecção inicial, a doença pode evoluir para uma forma visceral mais grave.
Primeiro o inseto (vetor) pica o cão infectado (ou outros hospedeiros vertebrados, como gato, gambá, cavalo) e ingere a leishmania, que está presente no animal contaminado e se transforma dentro do intestino do vetor na forma infectante. Através da picada do vetor irá infectar humanos e novos animais, destruindo seu sistema imunológico.
Estima-se que 200 a 400 mil novos casos de Calazar ocorram anualmente no mundo, mais de 90% ocorrem em seis países, um deles o Brasil. A doença geralmente está associada à desnutrição, condições precárias de habitação e saneamento precário, sistema imunológico fraco e mudanças ambientais.
Com informações dos Médicos Sem Fronteiras


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