Crime no shopping: cinco seguranças agrediram homem assassinado
Testemunha afirma que, se fosse ajudar, também seria vítima Cotidiano 16/02/2012 07h27
Por Márcio Rocha
O problema acontecido no shopping Jardins, que terminou com a morte do motorista Leidson Reis, 39 anos, está ficando cada vez mais claro. Segundo a testemunha José Almir dos Santos, comerciante, Leidson estava na porta de uma loja de roupas masculinas, querendo entrar à força, por volta das 22h30 - portanto após o horário de fechamento. O gerente da loja acionou a segurança para conter o motorista.
Após o chamado, dois seguranças apareceram e começaram a discutir com Leidson, que continuava exaltado. Com isso, chegaram mais dois seguranças e em seguida mais um. Os outros três homens foram chamados pelo rádio. De acordo com José Almir, algumas pessoas presenciaram a agressão e chegaram a filmar, quando um dos seguranças foi questionar o que estavam gravando no local e queria tomar os celulares das pessoas.
“Eu não entendo aquilo como espancamento, entendo como assassinato. Um assassinato brutal. Se eu não tivesse corrido, teriam tomado o meu celular também, e eu filmei a agressão. A gente estava cercado de marginais. Até o asfalto do estacionamento do shopping sabe que o rapaz foi assassinado”, comentou Almir, sobre a atitude dos seguranças do shopping Jardins.
Não houve condição de tentar defender Leidson do ataque realizado pelos seguranças. “Se eu fosse defender, poderia ser mais uma vítima”, disse o comerciante. Segundo ele, os cinco bateram no motorista e depois o levaram para algum lugar na parte interna, possivelmente, o local onde Leidson foi morto.
O relatório da necropsia realizada em Leidson apontou vários hematomas originários de espancamento, insuficiência respiratória provocada e quebra da coluna cervical (pescoço). A confirmação da morte de Leidson Reis ter acontecido dentro das dependências do shopping foi dada pelo delegado de homicídios, Flávio Albuquerque.
José Almir disse que irá testemunhar e falará o que viu no dia do assassinato de Leidson. Afirmou que contará todas as atrocidades praticadas contra o motorista na presença de muitas pessoas.
“Foi um ataque covarde. Foram cinco pessoas contra um homem que acabou morto. Vou pessoalmente ao Ministério Público e se o delegado, doutor Flávio, me chamar, estou à disposição dele”, afirmou o comerciante.


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