Critério para distribuição de combustíveis em SE gera questionamentos
Governo diz que abastecimento foi feito de forma indiscriminada Cotidiano | Por F5 News 29/05/2018 20h30 - Atualizado em 29/05/2018 20h41A greve dos caminhoneiros criou um vácuo entre postos de combustíveis e as distribuidoras que recebem gasolina e diesel na região metropolitana de Aracaju. Esse hiato e a necessidade de escolta fizeram com que o combustível chegasse apenas para uma parcela do mercado e, por consequência, a contagotas para a população.
De acordo com o empresário Haroldo Souza, que tem quatro postos na região metropolitana, apenas uma rede foi alvo do embargo de caminhões-tanque para abastecimento de viaturas de áreas essenciais do Estado, por meio do decreto de situação de emergência. “O decreto, ao que parece, foi desvirtuado, porque parece existir um comitê formado pela distribuidora, a transportadora/revendedora e a Polícia Militar que definem o horário e quais comboios terão acesso à central de distribuição”, diz.
Ainda segundo Haroldo, representantes de outros postos foram barrados pela Polícia Militar na distribuidora e ficaram impedidos de reabastecer os estoques de seus estabelecimentos. “A Polícia orientou que deixassem o local, sob pena de prisão”, afirma o empresário, que estava desde a quinta-feira sem combustível, mas conseguiu um carregamento de 10 mil litros hoje (29), quando o volume necessário para atender a rede por dia seria de 35 mil litros.
Segundo o balanço mais recente divulgado pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Sergipe (Sindpese), a maior parte dos postos do estado segue desabastecida. Nesta terça, apenas onze unidades de uma mesma rede tinham combustível na região metropolitana e seis em cidades do interior sergipano.
Ao F5 News, o chefe da Casa Militar do Governo, Eduardo Henrique Santos, negou qualquer tipo de diferenciação a grupos empresariais no processo de abastecimento. Segundo ele, a distribuidora é responsável pelo cadastramento dos veículos que terão acesso à área de carga.
“A PM tem garantido o estoque mínimo para os serviços de urgência e emergência, e dado apoio na operação para que a população não fique sem abastecimento. Na noite dessa segunda, 28 caminhões distribuíram [combustível] para os postos de forma indiscriminada”, afirma o coronel Eduardo Henrique Santos.
Ainda de acordo com o oficial, se há “desobediência” por parte de representantes de algum revendedor que não recebe autorização da distribuidora, as guarnições da Polícia Militar atuam “apenas para manter a ordem”.
O chefe da Casa Militar orientou que os empresários a eventualmente estarem encontrando dificuldades para reabastecer o estoque “demonstrem interesse para que a PM possa dar apoio”.
Nesta quarta-feira (30), a crise de abastecimento do setor de combustíveis no estado estará no centro de uma reunião agendada pelo governador Belivaldo Chagas com representantes do Sindpese. “Se houver qualquer reclamação, que ela seja trazida para que o governador possa resolver, porque não há qualquer tipo de prioridade para nenhum grupo”, completa o secretário de Estado da Comunicação, Sales Neto.


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