Delegados pressionam Governo de SE contra mudanças na carreira
Categoria está em alerta por causa de proposta discutida com os policiais civis
Cotidiano | Por F5 News 30/09/2019 17h20 - Atualizado em 30/09/2019 17h57

Os delegados da Polícia Civil de Sergipe decidiram nesta segunda-feira (30) entrar em estado de alerta contra uma proposta discutida pelo agentes e escrivães da PC que prevê mudanças na carreira da atividade policial. De acordo com a Associação dos Delegados da Polícia Civil de Sergipe (Adepol), em última análise, esse projeto acabaria com a obrigatoriedade do concurso público para delegados. 

O Projeto Oficial da Polícia Civil em Sergipe, segundo a Adepol, é parte de um projeto nacional da Confederação Brasileira dos Policiais Civis (Cobrapol), a qual defende que a Polícia Civil tenha uma única carreira, sendo que o servidor ingressa na base da instituição e vai progredindo até chegar ao cargo de delegado.

"Em Sergipe, o Sinpol está segmentando a pretensão e quer numa primeira etapa unificar os cargos de agente, escrivão e outros auxiliares e nominá-lo de Oficial de Polícia Civil. Fatalmente, não tardará a luta pela segunda etapa, que será a unificação das carreiras de Delegado de Polícia e Oficial de Polícia Civil. Quando isso ocorrer, não haverá mais concurso público para Delegado de Polícia, mas tão somente para a base da Polícia Civil", afirmou o delegado Isaque Cangussu, presidente da Adepol.

Em contrapartida, a Adepol elaborou uma proposta que prevê a criação das novas carreiras de Investigador e de Escrevente de nível médio com uma tabela remuneratória própria. Segundo a entidade, a sugestão quanto à escolaridade visa oportunizar “vários jovens, que sonham integrar a Polícia Civil e não têm o nível superior completo, o ingresso na instituição”. 

A ideia foi rechaçada e o impasse entre delegados e policiais gerou uma instabilidade na PC, provocando uma série de mobilizações desde a semana passada. Nas delegacias, de acordo com o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), o clima é de tensão. 

Na mesa de negociação, o acordo é de que o governo de Sergipe apresentaria uma posição sobre a questão até esta semana. Na última, a delegada geral da PC, Katarina Feitosa, assegurou que a Secretaria da Segurança Pública (SSP) não respaldará qualquer proposta que represente perda de direitos adquiridos para os integrantes da Polícia Civil. Ela, no entanto, disse não reconhecer o projeto da Adepol, por não ter sido oficialmente apresentado à pasta.

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