Depressão infantil: entenda como diagnosticar e tratar a doença
Índice de casos entre 6 e 12 anos saltou de 4,5 % para 8% na última década Cotidiano | Por F5 News 08/11/2018 07h00Com origens biológicas, psicológicas e sociais, a depressão é uma das doenças mais recorrentes do mundo. Segundo pesquisa recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil lidera o ranking da doença na América Latina: 5,8% da população sofre com o “mal do século”.
Ainda segundo a OMS, o índice de depressão em crianças entre 6 e 12 anos saltou de 4,5 % para 8% na última década. Há quem duvide da ocorrência da doença nesta fase da vida, onde supostamente não existem problemas e preocupações.
A depressão infantil só veio a ser reconhecida na literatura médica nos anos 1970. Antes, os casos eram considerados raríssimos e inexistentes. Como podemos identificar a doença nos pequenos, que muitas vezes ainda não sabem explicar efetivamente o que sentem?
Para entender um pouco mais sobre essas questões, a F5 News conversou com o psicólogo e mestre em Ciências da Saúde Jorge Barbosa. Confira a entrevista a seguir:
F5NEWS: Como a depressão infantil se difere da regular?
Jorge Barbosa: Os sintomas da depressão em crianças são diferentes dos sintomas no adulto. Pais e educadores devem ficar de olho em altos níveis de irritabilidade, tristeza, perda de interesse, dificuldade de atenção ou concentração e inquietação, que pode ser confundido com hiperatividade.
F5: Quais são as causas mais comuns da depressão infantil?
JB: As causas da depressão em crianças podem ser biológicas e/ou emocionais. Um acontecimento que pode provocar a doença é a separação dos pais, por exemplo. Por isso, indica-se o acompanhamento psicológico durante o processo.
F5: Como deve ser feito o tratamento da doença?
JB: O tratamento da depressão infantil varia de acordo com o caso, mas pode integrar prescrições de medicamentos e psicoterapia. É importante ressaltar que as prescrições de medicamentos devem sempre vir acompanhadas com o tratamento psicoterápico para uma recuperação completa, com menos riscos de recaída.
F5: É possível perceber a depressão infantil no ambiente escolar?
JB: Os educadores devem estar atentos a mudanças bruscas no comportamento e no desempenho escolar, informando logo aos pais ou responsáveis. É muito importante que o educador acredite na possibilidade da doença em crianças.
F5: Qual a sua resposta para quem ainda acha que depressão é “frescura”?
JB: Eu respondo e finalizo com outra pergunta: câncer é frescura?


Falta de acesso à habitação persiste e desafia efetivação da cidadania

Testagem ocorre a partir das 8h, na área externa da UBS Carlos Hardmam.

Os contratos terão duração de até um ano, com possibilidade de prorrogação

Homem foi flagrado pelas câmeras de segurança do Ciosp levando uma porta

Secretária Mércia Feitosa lembra necessidade de reduzir ocupação de leitos