Sergipe
Detentas fazem tumulto para protestar contra alimentação no Prefem
Segundo Sejuc, as internas ficaram insatisfetias com novas regras na unidade
Cotidiano | Por Aline Aragão 03/03/2020 18h37 - Atualizado em 04/03/2020 09h41

Um grupo de internas do Pavilhão Um (P1) do  Presídio Feminino (Prefem), localizado em Nossa Senhora do Socorro (SE), realizou um motim na noite dessa segunda-feira (02). As detentas fizeram barulho, rasgaram colchões e lençóis, mas foram contidas pelos policiais penais.

Segundo o  Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindipen), as detentas reclamam da mudança na alimentação, que antes era produzida na cozinha do presídio e agora é terceirizada. 

"Há uma insatisfação geral com a alimentação, não só das detentas, mas dos servidores também. Essa troca prejudicou a qualidade da alimentação servida; proteína animal, como carne, por exemplo, a gente só tem uma vez por semana", disse o presidente do Sindipen, Wesley Alves.

O presidente do sindicato afirmou ainda que enviou ofício à Secretaria de Estado de Justiça, Trabalho e de Defesa do Consumidor (Sejuc) pedindo uma reunião com o secretário Cristiano Barreto para tratar do assunto, mas ainda não recebeu a confirmação de quando o sindicato será recebido.

A Sejuc informou que instaurou procedimento administrativo para investigar a conduta das internas envolvidas no motim. E disse que essa foi uma manifestação isolada, envolvendo algumas internas que estão insatisfeitas com normas definidas pela propria direção do presídio. "São regras que precisam ser seguidas dentro de uma unidade prisional", informou a pasta.

Hoje (03) pela manhã, a Sejuc realizou uma revista na unidade, na qual foram realizados procedimentos padrões para o tipo de situação e não foi encontrada qualquer irregularidade. "A situação foi normalizada rapidamente, ontem mesmo, pela própria polícia penal, sem uso do Grupo de Operações Penitenciárias (GOPE)", disse a assessoria de Comunicação da Sejuc. 

Sobre a alimentação, a Sejuc disse que a comida segue todas as normas de qualidade e é destinada também para outras unidades prisionais. "É uma alimentação de boa qualidade, que tem acompanhamento de nutricionista, que oferece os alimentos necessários para qualquer pessoa, seja servidor ou interno", afirmou a assessoria e acrescentou ainda que o contrato permite, caso haja reclamação, que sejam feitos ajustes no cardápio servido.
 

Edição de texto: Monica Pintosh
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