Quem foi ao Parque da Sementeira, na zona sul de Aracaju, nesta sexta-feira (10), se deparou, mais uma vez, com as margens do lago repletas de peixes mortos. O problema, segundo a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), se repete por conta da redução dos índices de oxigenação da água. 

A maior parte dos peixes mortos é da espécie tilápia, que deveria viver em água doce. Com as altas temperaturas típicas do verão e o baixo nível da água, a salinidade aumenta, e, consequentemente, o nível de oxigênio cai. Agentes fizeram o recolhimento dos animais.

“Os laudos técnicos das últimas análises, feitas em 2019, pelo Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) e uma empresa privada, apresentaram resultados satisfatórios, atestando a qualidade da água. Ainda assim, para diminuir o impacto da temperatura nas espécies que habitam o local, principalmente as de menor porte, adotamos outras medidas como a aeração da água, para aumentar os índices de oxigênio”, diz o presidente da Emsurb, Luiz Roberto Dantas. 

Ainda segundo Dantas, desde 2017, a empresa municipal estabeleceu o acompanhamento do controle da qualidade da água. Para aumentar o nível de oxigenação uma bomba foi instalada e, rotineiramente, é feita a despescagem para evitar que haja a superpopulação de peixes. Além disso, segundo o presidente da Emsurb, as entradas de águas pluviais permanecem bloqueadas.

Questionada se existe algum plano para remoção de todos os peixes de água doce do lado, a Emsurb disse que "na pesca a opção é retirar os peixes maiores. Não há como separar de água salgada ou doce".