EDITORIAL: Picolés com sabor de solidariedade
Cotidiano 05/10/2011 21h55
A sociedade brasileira ainda vive contaminada pela cultura do Estado paternalista, cuja origem remonta ao próprio descobrimento e a subsequente colonização do Brasil. A permanência dessa cultura ao longo de nossa história tornou-se obstáculo para o emergir de um senso de responsabilidade do cidadão para com ele mesmo e o bem comum; para a responsabilidade do mercado perante ele próprio e a do Estado frente a suas atribuições institucionais. Em resumo, o Estado paternalista convidou a cidadania à inércia e fazer com que ela venha de fato a se exercitar é um desafio de todos nós.
Em Sergipe, há um caso exemplar desse movimento em que o cidadão deixa de esperar do Estado a resolução de problemas e coloca a mão na massa – ou melhor, no freezer. É Almir Almeida Paixão, conhecido como Almir do Picolé, em alusão ao produto que vendia pelas ruas e com cujos rendimentos, disciplinadamente economizados, começou a promover festas de Natal e no dia das Crianças, com distribuição de presentes e alimentos aos pequeninos.
Seu sonho ganhou apoio e espaço próprio. Transformou-se na Ação Solidária Almir do Picolé, a partir da doação de um terreno no município de Socorro, por um empresário. Às vésperas de realizar sua 21ª. festa do Dia das Crianças, Almir antecipa que pretende atender a mil delas, com brinquedos e roupas (veja matéria relacionada abaixo, com os caminhos para colaborar).
Personifica, assim, a disposição de fazer acontecer, independentemente da deficiência do poder público em relação a esse universo desamparado. Com sua contribuição – e a das pessoas que foi sensibilizando -, muda a realidade para melhor.


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