Em dez anos, Sergipe perde mais de 570 leitos hospitalares do SUS
Número de vagas em hospitais públicos do Estado é considerado insuficiente Cotidiano | Por Saullo Hipolito* 25/10/2018 12h00Para o Ministério da Saúde, um Estado só pode começar a ser considerado com uma taxa de leitos ideal, se essa média atingir, ou ultrapassar, 2,5 leitos por cada mil habitantes, mas a realidade em Sergipe não está em acordo com os números estabelecidos, reflexo disso são os casos de lotação em alguns a hospitais.
Em dez anos houve uma queda de 572 leitos (confira no gráfico), mas a Secretaria de Estado da Saúde (SES) alega que essa é uma situação que ocorre em todo o país e alguns fatores precisam ser levados em consideração como, por exemplo, a reformulação da política de atendimento às pessoas com transtorno mental e com problemas decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas.
Em Sergipe, houve o fechamento da Clínica de Saúde Santa Maria, por falta de adequação às diretrizes da política de Saúde Mental, o que representou o fechamento de quase 160 leitos, representando uma redução de 22,5% de leitos clínicos.
F5 News esteve no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e verificou que está sendo utilizada a totalidade dos leitos e, em função da alta demanda, os pacientes esperam um tempo maior para que consigam ser internados.
A dona de casa Helena Silva acompanhava sua vizinha ao Huse. Com complicações causadas por diabetes, a amiga precisou ser internada, mas teve que aguardar a liberação de um leito. Agora, oito dias depois, a paciente aguarda um exame para fazer a amputação de quatro dedos do pé.
“Com complicação no diabete, ela fez raspagem no pé e agora precisa amputar dedos. Para isso, vai fazer um exame específico que está muito demorado, e enquanto isso o quadro vai se complicando, podendo até amputar o pé. O atendimento está maravilhoso, fazem críticas ao hospital, mas só quem está aqui sabe o quão importante é para nós”, disse Helena.
A Secretaria de Estado da Saúde admite que há superlotação em alguns momentos, causada principalmente pela greve dos médicos da Prefeitura, que já dura mais de 90 dias. Como o Huse é porta aberta, as pessoas que não conseguem o atendimento na unidade básica se dirigem ao hospital.
Recuperação
Para fortalecer a Rede de Atenção Hospitalar na capital e no interior, a SES afirma que foram criados 40 novos leitos no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e em breve outros 58 estarão em funcionamento, com a inauguração da Maternidade Hildete Falcão, que está prestes a ser entregue.
Outro ponto para a melhoria é o aumento em 100% o número de leitos de Unidades de Terapias Intensivas para o interior do Estado.
* Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.


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