Em Sergipe cai o número de latrocínios e aumentam feminicídios
Os dados são da 13º edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública Cotidiano | Por F5 News 10/09/2019 18h00 - Atualizado em 10/09/2019 18h07Sergipe está entre os três estados do Brasil que mais reduziu o crime de latrocínio em 2018, ficando atrás apenas de Roraima, que registrou queda de 81,3% e Pernambuco 47,7%. É o que aponta a 13ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta terça-feira (10). Em contrapartida, o menor estado do país teve o maior crescimento da taxa de feminicídios por 100 mil mulheres no comparativo de 2017/ 2018.
De acordo com o anuário, no ano de 2017 foram registrados seis casos de feminicídios, em 2018 foram 16, elevando a taxa de 0,5 para 1,4, um aumento de 163,9%. Este ano, já foram 12 casos. O mais recente aconteceu na noite dessa segunda-feira (09), no município de Moita Bonita. A vítima Liliane Santana dos Santos, tinha apenas 23 anos e foi morta a tiros pelo companheiro.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o crescimento das taxas ocorreu devido à tipificação do crime, que antes de 2018 era considerado como homicídio doloso contra mulher.
A pasta informou ainda que, para combater esse tipo de crime, investiu em um plantão específico de gêneros, que atende toda a capital e região metropolitana de Aracaju 24 horas, todos os dias. E que também tem fortalecido a atuação da Polícia Militar com a Patrulha Maria da Penha, que faz um trabalho integrado com Instituições no combate à violência contra mulher. E ainda definiu um protocolo específico do 190 (emergência) para casos que envolvam violência contra mulher.
De acordo com a SSP, só este ano já foram expedidas 529 medidas protetivas e realizadas 364 prisões em flagrante.
Outros crimes
Segundo levantamento, Sergipe registrou também redução de 15,2% no número de homicídios dolosos e de 10% em roubo de veículos. A queda no número de latrocínios foi de 45%. De acordo com os dados, foram registrados em 2017, 59 latrocínios, e 32 no ano de 2018. Se comparar a taxa de latrocínio por 100 mil habitantes, o estado deixou a alta taxa de 2,6 (2017) para 1,4 (2018).
De acordo com a delegada-geral da Polícia Civil, Katarina Feitoza, os números do Anuário confirmam uma tendência de queda de todos os crimes violentos letais intencionais registrados em Sergipe.
“É marca dessa gestão a integração entre as polícias e a ampliação do trabalho investigativo que tem sido desenvolvido em Sergipe para alcançar a mencionada redução. Houve um investimento forte na área de inteligência, compartilhamos investigações e nos reunimos semanalmente no gabinete do secretário de Segurança e no gabinete da Delegacia Geral para acompanhar as estatísticas e planejar operações em determinadas localidades onde os crimes aconteceram”, destacou.
O comandante da Polícia Militar, coronel Marcony Cabral, diz que tem articulado operações em horários estratégicos para que aconteça a diminuição do crime de roubo. “Quando a população começou a trabalhar junto com a Polícia Militar, esses índices começaram a baixar gradativamente. Temos que salientar que o trabalho em conjunto entre as polícias é um marco importante nessa queda da criminalidade”, afirmou o comandante-geral.
Latrocínio assusta mais que homicídio
Também consta na pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que a população brasileira tem mais medo do crime de latrocínio do que do homicídio. A percepção é de que qualquer pessoa possa ser vítima desse tipo de crime. Isso ocorre, aponta o estudo, porque o latrocínio não se concentra em nenhuma faixa etária em particular e atinge a todos de forma mais uniforme. Entre as vítimas dos roubos que resultam em mortes, chama atenção que a faixa com maior número de casos é aquela com indivíduos entre 60 e 69 anos de idade, seguida de perto pelas faixas entre 35 a 39 anos de idade e 30 a 34 anos.
“Imagine a pessoa perder a vida por causa de um bem material. É algo que assusta e amedronta a população. Por isso, que temos que comemorar essa redução e continuarmos firmes para reduzir essa taxa ainda mais. Felizmente, essa tendência de queda está se confirmando em 2019 e mostra que a segurança pública está no caminho certo”, atestou o secretário João Eloy.
De acordo com o coordenador do Ceacrim, Sidney Teles, no caso de latrocínio, as ações de segurança pública conseguiram quebrar uma linha de tendência de aumento de 14% anual nessa modalidade criminosa. “Conseguimos em dois anos (2017/2018) consecutivos uma boa redução, que se mantém em queda ao longo deste ano″, finalizou.
*Com informações da SSP/SE


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