Em Sergipe, Grito dos Excluídos faz ato pela vida e contra violência
Ato percorreu as ruas dos bairro 18 do Forte e Cidade Nova, na Zona Norte Cotidiano | Por F5 News 07/09/2020 15h15Com o tema "Vida em 1° lugar. Basta de Miséria, Preconceito e Repressão! Queremos Trabalho, Terra, Teto e Participação!", foi realizado na manhã desta segunda-feira, 7 de setembro, a 26ª edição do Grito dos Excluídos. A concentração aconteceu na Praça da Igreja Pio X, em frente ao Colégio Ivo do Prado (antigo Colégio Valadares), no Bairro 18 do Forte. De lá, os participantes seguiram em marcha até o bairro Cidade Nova.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Roberto Silva, disse que o ato chama a atenção para a necessidade de uma independência efetiva do povo brasileiro e do Brasil com respeito a todos, com o Estado tratando o cidadão com dignidade.
"O Brasil só será realmente independente quando a população jovem e negra for respeitada. Quando toda a população tiver garantidos os seus direitos e a sua dignidade humana respeitados em todos os aspectos, então poderemos realmente comemorar independência. O Estado não pode simplesmente assassinar a nossa juventude negra e não prestar satisfação à sociedade sobre estes crimes”, afirmou Roberto Silva.
Vidas Negras Importam
A caminhada nos bairros da Zona Norte teve como objetivo denunciar os casos de abuso de autoridade, violência policial e extermínio da juventude negra que ocorrem principalmente na periferia de Aracaju.
O Forum das Entidades Negras de Sergipe lançou a campanha 'Negros e Negras pela vida e contra a violência policial e o genocídio da juventude negra'.
O ato lembrou o caso de Clautenis José dos Santos, de 37 anos, que foi morto a tiros dentro de um veículo de aplicativo, em abril de 2109, durante uma ação tida como desastrosa da Polícia Civil, no bairro 18 do Forte, zona Norte de Aracaju (SE). Os agentes foram denunciados pelo Ministério Público do Estado por lesão corporal e o policial que efetuou o disparo foi indiciado por homicídio culposo.





