Entenda a importância do leite materno e as dificuldades de algumas mães
Especialista aponta falta de relaxamento para produção do leite Cotidiano | Por Saullo Hipolito 02/08/2019 15h00 - Atualizado em 03/08/2019 12h38Em uma breve explicação, é possível perceber que a amamentação ou aleitamento é um ato essencial para o desenvolvimento dos bebês e para o relacionamento entre mãe e filho(a). Entretanto, algumas mulheres não conseguem produzir a quantidade necessária e recorrem aos bancos de leite. Em Sergipe, o estoque de leite não é o ideal e os profissionais se preocupam com a atual situação.
A enfermeira Magda Solange Dória Vieira, gerente do Banco de Leite Humano Marly Sarney, apontou o cansaço como principal vilão na produção de leite pelas mulheres. Segundo ela, é necessário resgatar a confiança da mulher durante o puerpério. "Essa produção está vinculada à mãe colocar a criança no peito, a mulher tem que entender que a produção de leite acontece quando ela está relaxada e tranquila, mas o que presenciamos é uma mulher cansada, sem apoio do marido, estressada com a criança", afirmou.
Os profissionais de saúde recomendam que se inicie a amamentação na primeira hora de vida do bebê e que continue a ser amamentado com a frequência e quantidade que o bebê desejar. Entretanto, para a especialista, é no puerpério que esse problema mais se agrava, e a razão está na palma da mão, o celular.
"Chegam várias visitas e são diversas fotos da mãe, da criança e quando acaba o dia essa mulher está exausta. Essa é a realidade das mães que procuram o banco de leite, que chegam cansadas, precisamos de mulheres relaxadas, que sabem o que acontece no peito dela, entender a pega da criança para que a produção de leite aconteça", salientou Magda Solange.
Suporte do Estado
Dentro do apoio da rede de bancos que a Secretaria de Estado da Saúde possui, há várias vertentes, como por exemplo a Irmã Rafaela Pepel,de Itabaiana; Zóed Bittencourt de Lagarto; o Marly Sarney, que é referência estadual; e um posto de coleta no Santa Isabel. Mas a Semana Mundial de Amamentação tem chamado a atenção para a importante participação dos pais ativos, que com a sua colaboração, contribuem para evitar sobrecarregar as mulheres.
"Justamente essa mulher, que diagnosticamos sem tranquilidade para a amamentação, não tem apoio da família. As pessoas começam a falar que o leite é fraco e se realmente acontece essa situação, o caso é procurar o banco de leite mais próximo, ou um posto de saúde, pois a intenção é ajudar nesse percurso, seja com leite artificial ou não, diz Magda Solange.
Marly Sarney
Atualmente a Secretaria de Saúde conta com apenas 16 doadoras e um estoque considerado baixo para a necessidade do estado. Para a enfermeira Magda, o número ideal é de 100 doadoras. Mas com a criação de uma Rede Estadual de Leite Materno, a ideia é ampliar esse universo.
Ainda segundo a gerente do Marly Sarney, um grande banco de leite está sendo construído e em breve será inaugurado. "Ele estará dentro das normas, com um auditório para treinamento a toda atenção básica", antecipa.
Requisitos
Para uma mulher ser doadora, é necessário que ela não tenha nenhum tipo de infecção sexualmente transmissíveis (IST), como por exemplo, HIV, sífilis e Hepatites. É necessário também que a doadora possua leite excedente, e essa questão é identificada com perguntas específicas das profissionais. Para mais informações, o número disponibilizado é o (79) 3218-9403.
Foto 2: Saullo Hipolito/ F5 News


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