Sergipe
Escola afetada por queda de reservatório de água é reconstruída
Desabamento da caixa d'água da Deso em Dores matou duas crianças e feriu outras
Cotidiano | Por Aline Aragão 27/12/2019 15h25 - Atualizado em 28/12/2019 10h22

Recomeço, essa a palavra que define o momento vivido pelos moradores do Povoado Campo Grande, em Nossa Senhora das Dores, com a entrega do novo prédio da Escola Municipal Professor Osman dos Santos Oliveira, dois anos depois da tragédia que marcou pra sempre os moradores da comunidade.

 

No dia 6 de novembro de 2017, o reservatório de água, que ficava em um terreno ao lado da escola, desabou sobre as salas de aulas, atingindo alunos e professores. Duas crianças de seis anos morreram e várias ficaram feridas. A perícia constatou problemas na estrutura da caixa d´água que pertencia a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), responsável pela reconstrução da unidade de ensino.

O ínquérito policial sobre o caso foi concluído um ano depois do incidente, em 23 de novembro de 2018, e apontou que não foi por falta de aviso, já que os moradores vinham denunciando a falta de manutenção e o medo de um acidente com o reservatório.

De acordo com o laudo, a estrutura metálica da caixa d’água sofreu corrosão e apresentou falhas como falta de manutenção preventiva, inspeção e negligência com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Três pessoas foram indiciadas por homicídio culposo e lesão corporal culposa: Carlos Fernandes de Melo Neto, ex-presidente da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso); o ex-diretor de Operações, Juarez Carvalho Filho; e o diretor de Engenharia, José Edson Leite Barreto. 

Durante esses dois anos, os 113 alunos da escola assistiram aulas em salas improvisadas na Associação de Moradores no povoado, esperando o dia em que voltariam para a escola.

Obra

 

A escola foi reerguida pela Deso,  que investiu em novo modelo escolar, com estrutura mais ampla e moderna, valorizando as salas de aula, bem como a ventilação e iluminação naturais, com pátio coberto, quatro salas de aulas (forradas) com pontos para ventilador e ar condicionado, biblioteca, sala de informática, cozinha, dispensa, almoxarifado e secretaria (com banheiro). 

A unidade escolar recebeu também dois banheiros com acessibilidade e barras de apoio, fachada revestida em cerâmica, piso tátil e guia para auxiliar deficientes visuais, casa de gás e de lixo na área externa, além de uma área de recreação pavimentada, equipamentos de combate a princípio de incêndio, com base nas orientações e especificações estabelecidas pelo Ministério da Educação.

Edição de texto: Monica Pintosh
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